Mãe diagnosticada com câncer terminal escreve diário para as filhas
“Eu quero estar presente para elas no futuro de alguma forma. Quero que saibam o quanto significaram para mim”, conta a inglesa
atualizado
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Algumas histórias são tão comoventes que parecem até roteiro de filme. Esse é o caso de Alex Jamieson, 39 anos. A mulher é mãe de duas filhas e foi diagnosticada com câncer pela terceira vez em setembro deste ano.
Em entrevista ao jornal The Mirror, Alex conta que os médicos lhe deram apenas 14 meses de vida. Em fase terminal, a inglesa agora corre contra o tempo para escrever suas memórias em diários que pretende deixar de recordação às duas filhas.
A luta de Alex contra o câncer teve início em 2018, quando ela começou a sentir fortes dores e desconforto na região do abdômen. A inglesa relata que chegou a excretar sangue com as evacuações, além de se sentir constantemente exausta. Em um primeiro momento, a mulher atribuiu os sintomas à sua vida agitada, já que tentava conciliar a maternidade e o trabalho.
Ao procurar ajuda médica, a inglesa foi diagnosticada com a doença de Crohn, uma inflamação que afeta o trato gastrointestinal e prejudica a parte inferior do intestino delgado causando diarreia, cólica abdominal, febre e sangramento retal.
Após receber o diagnóstico, Alex deu início ao tratamento com medicamentos, no entanto, os sintomas não diminuíram. Ela conta que imaginou ser outra doença, mas em nenhum momento cogitou ter um câncer.
Apenas três anos depois, em 2021, o diagnóstico certo veio. Alex ficou muito doente e precisou ser levada para um pronto-socorro. Uma bateria de exames mostrou que havia uma obstrução intestinal, e ela precisaria ser submetida à uma cirurgia para remoção de parte do intestino.
Duas semanas depois, enquanto se recuperava da operação, a inglesa recebeu a informação de que, durante o procedimento, os médicos descobriram a presença de um câncer colorretal. Embora o tumor estivesse em estágio avançado, o câncer foi removido na cirurgia. Mas Alex precisaria fazer quimioterapia por seis meses para garantir que nenhum vestígio da doença fosse deixado em seu corpo.
Com cinco meses de quimioterapia, um exame mostrou que o câncer havia retornado e se espalhado para órgãos e tecidos próximos. Alex passou por outra operação em março de 2022. A mulher teve o útero e outras células tumorais removidas.
Aliviada, ela pensou que todo sofrimento tinha acabado e fez uma viagem para o México com o marido Paul, e as duas filhas, Annabel e Imogen, em comemoração .”Era como se não tivéssemos nenhuma preocupação no mundo, estávamos tão felizes”, relembra.
Porém, quando a inglesa voltou para casa, precisou fazer uma tomografia computadorizada para avaliar se continuava bem. Para sua surpresa, os resultados mostraram que o câncer havia retornado, e desta vez, era incurável. Os especialistas afirmaram que ela tinha de 14 a 16 meses de vida.
Alex e Paul não contaram às filhas quanto tempo a mãe delas ainda tem, mas explicaram que ela está doente e os médicos não podem mais fazer nada para ajudá-la. “Não queremos que seja um grande choque para elas, então as preparamos. Tentamos levar a vida da forma mais normal possível”, explica.
A mulher está sob cuidados paliativos para tornar sua vida o mais confortável possível. Nesse momento, a mãe teme que as filhas não se lembrem dela depois que partir. Por isso, começou a escrever diários contando as histórias de nascimento das filhas, e outros relatos sobre as meninas, para confortá-las no futuro.
Alex também quer escrever cartas para abrirem em momentos importantes da vida, como o dia do casamento. “Será como se estivesse lá com elas, mesmo que eu não esteja”, explica.
“Obviamente quero passar todo o tempo que for possível com Paul, porém é mais importante que as meninas se lembrem de mim. Eu quero estar presente para elas no futuro de alguma forma, eu realmente quero que elas saibam o quanto significaram para mim”, conta Alex.
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