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Luz azul de telas não é suficiente para atrapalhar o sono, diz estudo

Pesquisadores descobriram que a luz azul liberada pelos dispositivos eletrônicos só atrasa cerca de três minutos o início do sono

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Imagem mostra uma mulher no escuro, iluminada pela luz azul do celular - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra uma mulher no escuro, iluminada pela luz azul do celular - Metrópoles - Foto: Gettyimages

Nos últimos anos, a ciência vem discutindo se o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir faz a diferença na qualidade do sono. A famosa luz azul poderia interferir com a capacidade da melatonina, o hormônio do sono, e, por isso, existe a recomendação de não usar celular ou assistir televisão antes de dormir.

Porém, um novo estudo publicado na edição de agosto da revista científica Sleep Medicine Reviews mostra que a luz não faz tanta diferença assim — ela é considerada “insignificante” para os pesquisadores da Suécia, Austrália e Israel.

Foram comparados os resultados de 73 estudos que analisaram dados de cerca de 113 mil pessoas. Os cientistas descobriram que a luz azul atrasa o sono em menos de três minutos. Em 11 dos levantamentos, participantes que usaram telas brilhantes antes de dormir demoraram uma média de 2,7 minutos a mais para pegar no sono.

“É lógico pensar que a luz artificial dos dispositivos poderia interferir na produção de melatonina e, assim, afetar nosso sono. Mas estudos mostram que seriam necessários níveis de luz de cerca de 1.000-2.000 lux (uma medida da intensidade da luz) para ter um impacto significativo. As telas dos dispositivos emitem apenas cerca de 80-100 lux. No outro extremo da escala, a luz solar natural em um dia ensolarado fornece cerca de 100.000 lux”, escreve a pesquisadora Chelsea Reynolds, da Universidade Flinders, na Austrália, em artigo publicado na plataforma de divulgação científica The Conversation.

Além da luz azul

A pesquisa descobriu ainda que pessoas que usaram dispositivos com conteúdos mais animados (como um videogame, por exemplo), tiveram uma perda média de apenas 3,5 minutos no sono em comparação com quem assistiu televisão, por exemplo.

Indivíduos que tiveram o sono interrompido por mensagens de texto ou que evitaram dormir para usar tecnologias até mais tarde realmente podem ter mais dificuldade para descansar.

O levantamento mostra que pessoas que tomam muitos riscos ou que perdem a noção do tempo com facilidade são as mais vulneráveis a perder o sono por usar os dispositivos eletrônicos até mais tarde.

“As pressões sociais também podem incentivar os jovens, em particular, a ficarem acordados até mais tarde usando tecnologia”, explica Reynolds.

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