Caso Lula: veja o que é um ferimento corto-contuso na região occipital
Presidente Lula cancelou sua viagem à Rússia neste domingo (20/10) por ter sofrido um ferimento corto-contuso em um acidente doméstico
atualizado
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O presidente Lula sofreu um acidente doméstico neste sábado (19/10) que o obrigou a cancelar a viagem que faria à Rússia. O presidente bateu a região de trás da cabeça (occipital) ao voltar de uma viagem a São Paulo e foi atendido no hospital Sírio-Libanês, em Brasília.
O chefe do Executivo sofreu um ferimento do tipo corto-contuso e, por isso, precisou tomar pontos na cabeça. A região occipital do crânio protege o cérebro e o cerebelo, além da medula espinhal, por onde passam as terminações nervosas mais importantes do organismo. É ali que fica a parte do cérebro responsável pela percepção visual, incluindo cor, forma e movimento. A área é importante para a realização de tarefas visuais complexas, como a percepção de profundidade e reconhecimento de rostos.
Ferimentos do tipo corto-contuso estão no terceiro tipo de gravidade em uma lista de sete categorias de machucados superficiais. Além do golpe com o objeto não-afiado (contusão), se produz um pequeno corte.
Como é o cuidado com o ferimento?
Os ferimentos são de baixo risco e seu tratamento costuma envolver apenas uma sutura (pontos) com limpeza para evitar infecção, segundo o Manual MSD de Medicina.
Ainda não há detalhes sobre como ocorreu o ferimento do presidente nem quais exames já foram feitos. Em geral, pacientes que sofrem feridas na cabeça são aconselhados a fazer exames de imagem para avaliar se há danos internos aos órgãos ou aos ossos.
O neurocirurgião Jamil Faraht, de São Paulo, explica que, em casos de traumatismos na cabeça, o fundamental é observar se há sinais de comprometimento neurológico. “Devemos verificar sintomas como perda de consciência, vômito, dores de cabeça intensas ou confusão mental. Exames de imagem são cruciais, sendo a tomografia computadorizada (TC) do crânio a mais indicada para identificar lesões internas, como sangramentos ou fraturas”, explica.
Segundo a nota do hospital, o presidente poderá continuar exercendo suas atividades, ainda que tenha sido “orientado a evitar viagem aérea de longa distância”.
“Após uma queda, é fundamental monitorar o paciente para verificar se há piora dos sintomas, especialmente nas primeiras 24 horas”, explica o neurocirurgião. “A observação contínua ajuda a detectar possíveis complicações, como aumento da sonolência, mudanças no comportamento ou confusão mental. Além disso, repouso é importante, evitando atividades que possam aumentar o risco de uma nova queda”, completa ele.
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