1 de 1 aparelho para aferir pressão alta
- Foto: Marcelo Leal/Unsplash
Na última semana, os pacientes de doenças cardíacas foram surpreendidos com o anúncio da farmacêutica Sanofi Medley sobre o recolhimento de todos os lotes de medicamentos fabricados com o princípio ativo losartana.
O losartana faz parte de um grupo chamado bloqueadores de angiotensina 1. É uma substância muito importante no tratamento das doenças cardíacas, como pressão alta e insuficiência cardíaca, e também no tratamento de hipertensão associada à problemas renais.
A decisão “voluntária e preventiva”, segundo a própria empresa, foi tomada depois de serem encontradas impurezas nos comprimidos que poderiam causar mutações e aumentar o risco de câncer.
A medida, no entanto, não é vista pela comunidade médica como um motivo para pânico entre os pacientes, uma vez que ainda não foram confirmados casos dos potenciais efeitos colaterais e existem outras alternativas de tratamento.
“Claro que impurezas geram preocupação, mas é por isso que existe o controle de qualidade da indústria farmacêutica. Essas impurezas podem representar problemas sérios, neurológicos, câncer e outros, mas foram rapidamente retirados (do mercado)”, avalia a médica Ludhmila Hajjar, professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP.
A médica esclarece que o recolhimento do fármaco não tem relação com o losartana de outros laboratórios, com o losartana genérico, ou com outros medicamentos semelhantes, como a valsartana, a irbesartana e a candesartana.
“O recolhimento do losartana é referente apenas aos produtos da farmacêutica Sanofi Medley porque eles encontraram impurezas nos comprimidos.”
Saiba quais são as melhores dietas para a saúde do coração:
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas
Amoon Ra/Unsplash
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
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Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição
Anna Pelzer/Unsplash
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
Dose Juice/Unsplash
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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
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Dieta vegetariana Um pouco menos rígida que a vegana, a dieta vegetariana exclui apenas carne animal do cardápio (que normalmente é substituída por tofu ou grão de bico). Segundo pesquisas, os adeptos deste tipo de alimentação costumam consumir menos calorias do que carnívoros, e os alimentos são, em geral, mais saudáveis
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Dieta Anti-inflamatória do Dr. Weil Criada pelo médico Andrew Weil, a dieta tem consumo de 2 mil a 3 mil calorias, dependendo do sexo do paciente e pretende dar preferência a alimentos anti-inflamatórios. 40% a 50% da dieta é composta por carboidratos (de baixo índice glicêmico), 30% de gorduras e 20% a 30% de proteínas, em um esquema semelhante ao da dieta Mediterrânea
Troca do medicamento
No comunicado emitido pela Sanofi, a empresa alerta que a interrupção abrupta do tratamento sem orientação médica ou sem um tratamento alternativo representa um risco maior à saúde do paciente “do que o risco potencial apresentado pela impureza em níveis baixos”.
Hajjar recomenda que os pacientes entrem em contato com os seus médicos para fazer a migração para o medicamento de outros laboratórios. “A minha avaliação é simples: os pacientes que estão usando losartana de outros laboratórios continuarão. Os pacientes que usavam da Sanofi Medley mudarão de laboratório”, pontua. “Hoje são medicações que mudam o destino do paciente com problemas cardiovasculares para melhor”, continua a cardiologista.
A médica explica que os pacientes que usavam a medicação podem levar uma vida normal. O risco de complicações causadas pelo fármaco podem ser monitorado com exames de check-up de rotina.