Locutora da BBC morre após se vacinar, diz família. Caso será apurado
Apresentadora da BBC Radio, Lisa Shaw morreu aos 44 anos, após desenvolver coágulos sanguíneos dias depois de ter sido vacinada
atualizado
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A apresentadora da BBC Radio Newcastle, Lisa Shaw, morreu aos 44 anos após desenvolver coágulos sanguíneos alguns dias depois de ter sido vacinada com a fórmula Oxford/ AstraZeneca contra a Covid-19. A informação de que Lisa tinha se vacinado foi revelada por sua família à BBC nesta quinta-feira (27/5).
A ligação entre a morte da britânica e a vacina será investigada por autoridades de saúde do Reino Unido. Por enquanto, com as informações disponíveis, ainda não é considerado que a vacina tenha relação direta com o óbito da britânica. Nesse tipo de apuração, são avaliados o histórico de saúde do paciente e o quadro desenvolvido durante a internação.
Segundo comunicado de parentes de Lisa, ela teve dores de cabeça “fortes” uma semana depois da injeção e adoeceu gravemente em seguida. A britânica faleceu na última sexta-feira (21/5) no hospital Royal Victoria Infirmary, em Newcastle. Durante a internação, ela recebeu tratamento para coágulos sanguíneos e hemorragia interna.
De acordo com sua família, Lisa não tinha nenhum histórico de doença crônica ou problema de saúde subjacente. Um atestado de óbito emitido pelo hospital lista a vacina contra Covid-19 como um dos possíveis fatores, mas o documento não determina a causa do óbito.
Segurança da vacina
A formação de coágulos sanguíneos cerebrais extremamente raros vem sendo relacionada como efeito adverso da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária incluiu a informação na bula do medicamento.
Eventos assim, entretanto, são extremamente raros. Há 332 casos e 58 mortes registradas na Inglaterra após a vacinação de 35 milhões de pessoas. Apesar da importância desses eventos, o Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), equivalente à Anvisa, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que a vacina continue a ser administrada, pois os benefícios são superiores aos riscos.
Em outras palavras, adquirir Covid-19 e morrer por complicações causadas pela doença é mais provável do que tomar a vacina e falecer em razão de um coágulo sanguíneo.