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Lockdown severo não é a solução para picos da Covid, diz CDC africano

Especialistas citam caso da África do Sul, que lidou com a alta de casos por conta da variante Ômicron sem suspender serviços

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Centro de Sydney vazio por causa do lockdown
1 de 1 Centro de Sydney vazio por causa do lockdown - Foto: Zeca Moreira/Especial para o Metrópoles

O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da África, a autoridade sanitária do continente, afirmou, nesta quinta (6/1), que o lockdown severo, como os que foram implementados no começo da pandemia, não são a melhor maneira de conter o avanço do coronavírus.

John Nkengasong lembrou do caso da África do Sul, que lidou com a alta de casos decorrente da variante Ômicron do coronavírus sem fechar o país e diminuir a circulação de pessoas. Houve aumento da testagem e uso de ferramentas como máscara e distanciamento social para controlar a transmissão, além de incentivo à vacinação. O país até aliviou as medidas antes do Réveillon, nos primeiros sinais de queda dos casos.

“O período no qual utilizávamos lockdowns severos como ferramenta acabou. Na verdade, deveríamos estar olhando para como utilizamos medidas sanitárias e sociais mais cuidadosamente e de forma mais equilibrada enquanto intensificamos a vacinação”, afirmou o diretor, em entrevista coletiva.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Segundo ele, as autoridades de saúde temem que a lentidão da vacinação contra a Covid-19 no continente possa tornar a doença endêmica, ou seja, nunca desaparecerá.

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