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Linfoma não Hodgkin: entenda o que é o câncer de Eduardo Suplicy

O vereador de São Paulo revelou em suas redes sociais que está enfrentando um tratamento contra o linfoma não Hodgkin

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Foto mostra eduardo suplicy fumando maconha medicinal
1 de 1 Foto mostra eduardo suplicy fumando maconha medicinal - Foto: Reprodução/Instagram

O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) revelou em suas redes sociais nesta segunda-feira (28/10) que foi diagnosticado em julho com linfoma não Hodgkin.

O linfoma é um câncer que atinge o sistema linfático, ou seja, as glândulas do corpo que produzem células de defesa ao corpo, como a medula óssea, o baço ou as amígdalas. Os principais sintomas são o inchaço nas glândulas atingidas, febre leve e persistente, perda de peso sem explicação que chega a 10% do peso total da pessoa e uma tendência maior a ter anemia e sangramentos.

Segundo o hematologista Fábio Jansen, do Hospital São Luiz Jabaquara, da Rede D’Or, os tumores do tipo não Hodgkin, como o do vereador, são traiçoeiros, podendo se espalhar de forma desordenada pelo corpo. “O linfoma não Hodgkin aparece em várias partes do sistema linfático de forma não ordenada, diferente do que ocorre nos de tipo Hodgkin, o que pode dificultar o diagnóstico e a avaliação da dimensão para impedir sua evolução”, resume ele.

Suplicy afirma que está bem e fazendo tratamento imunoquimioterápico, misturando a quimioterapia com imunoterapia, uma opção mais direcionada que costuma ser eficaz contra este tipo de tumor.

“Continuo minhas atividades na Assembleia e minhas aulas de ginástica. Felizmente, meus exames já apresentam bons resultados, mas, por recomendação médica, estou com atividades públicas restritas por causa da minha baixa imunidade”, explicou o político em suas redes.

Como é o tratamento para o linfoma de Suplicy?

Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não Hodgkin e a maioria deles possui tratamento. Para aumentar as chances de um bom resultado clínico, os médicos avaliam qual é o subtipo do tumor para iniciar o uso direcionado de medicações o mais rápido possível, uma vez que este tipo de câncer não costuma ser retirado com cirurgia.

“É o grau de avanço que irá ditar o número de sessões quimioterápicas e doses de demais fármacos. Com a imunoterapia e outros tratamentos-alvo se criaram remédios que atacam moléculas específicas do linfoma, o que tem apresentado bons resultados no tratamento contra a doença”, completa Jansen.

Em entrevista anterior ao Metrópoles, a hematologista Carolina de Melo Fernandes Rolo, professora do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), detalhou que os linfomas não Hodgkin muitas vezes nem exigem que se faça tratamento, caso sejam descobertos com antecedência.

“Se o paciente estiver assintomático e com um câncer de multiplicação lenta, o que se costuma fazer é apenas monitorar a evolução da doença para entender se será necessária alguma intervenção. O linfoma muitas vezes tem um prognóstico muito bom, especialmente se for diagnosticado cedo”, explica.

Cânceres descobertos mais tarde ou mais agressivos podem ser perigosos, alerta Carolina, mas com a grande variedade de tratamentos disponíveis, incluindo o transplante de medula óssea e as terapias por CAR-T, as chances de cura do linfoma se tornaram muito mais altas, acima de 80% mesmo nos tipos mais agressivos.

Suplicy luta também contra o Parkinson

Desde 2022, Suplicy está lutando também contra o Parkinson. O vereador divulgou em 2023 que sentia tremores nas mãos e dores na perna esquerda e, desde então, faz tratamento com remédios à base de cannabis para controlar a doença. Hoje, ele diz que os sintomas da condição neurodegenerativa estão controlados.

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular
Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura
Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos
Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida
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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images
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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

Visoot Uthairam/ Getty Images
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O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro

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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

Andriy Onufriyenko/ Getty Images

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