Liberação da cloroquina responde a clamor da sociedade, diz Saúde
Mayra Pinheiro, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, afirma que remédio vai garantir equidade no tratamento da Covid-19
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (20/05), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, explicou que a decisão da pasta de permitir o uso da cloroquina para casos leves e moderados, apesar da falta de evidências científicas, foi feita para garantir a equidade de acesso ao medicamento.
“No Brasil há direito à prescrição médica, mas existe uma limitação ao acesso da população com menos poder aquisitivo. Queremos tornar o princípio da equidade uma realidade para todos os brasileiros. Estamos falando de uma guerra, onde precisamos disponibilizar o direito de acesso a uma medicação que mostra eficácia”, afirma a secretária, sem citar quais estudos mostram resultados promissores. A maioria das pesquisas feitas até o momento mostra que a cloroquina não apresenta diferença no tratamento.
Segundo ela, disponibilizar as orientações do ministério foi uma resposta ao “clamor da sociedade” por um posicionamento formal da pasta.
Porém, segundo Mayra, os médicos não são obrigados a receitar a cloroquina tampouco os pacientes a aceitá-la. “Não é autoprescrição. É um direito de todos ao acesso a partir da avaliação médica presencial”, afirma.
“Não retardaremos o início do acesso aos medicamentos enquanto se aguarda o resultado de exames. Não vamos retardar o acesso enquanto assistimos a óbitos todos os dias. É uma oportunidade para que todos os brasileiros possam receber a cloroquina. Podemos dizer que estamos cuidados e atentos”, diz.
Sem citar outros países, a secretária afirma que a “prova maior de que o mundo vem usando é o desabastecimento do remédio no mercado mundial”.