Leucemia: hematologista ensina como identificar sinais de câncer letal
Hematologista chama atenção para particularidades da doença, que é causada pela substituição de células saudáveis do sangue por cancerígenas
atualizado
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A leucemia é um tipo de câncer que afeta os tecidos que produzem as células do sangue, atrapalhando a produção de glóbulos vermelhos (que transportam oxigênio), plaquetas e glóbulos brancos (células de defesa). Com o desenvolvimento da condição, as células doentes vão se multiplicando e substituindo as unidades saudáveis do sangue.
O hematologista Eduardo Flávio Ribeiro, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, afirma que a doença pode ser de dois tipos: aguda e crônica. A forma crônica costuma ter controle com terapias de longo prazo. A forma aguda, no entanto, quando não tratada ela pode ser letal e exige em geral tratamentos mais agressivos..
“A doença é dividida em dois tipos e vários subtipos. Sem tratamento, a leucemia aguda pode ser letal em questão de semanas e até dias — por isso, é importante disseminar a informação sobre os sinais da condição. O diagnóstico começa com o reconhecimento dos sintomas. Em seguida, é feito um hemograma completo para confirmar o quadro”, afirma o médico.
Ele destaca alguns sinais de alerta que podem estar relacionados à leucemia, como:
- Cansaço;
- Manchas roxas ou vermelhas pelo corpo;
- Fraqueza;
- Palidez;
- Anemia, causada pela falta de células saudáveis na corrente sanguínea;
- Enfraquecimento do sistema imunológico;
- Pequenas hemorragias;
- Sangramento pelo nariz;
- Infecções nas vias aéreas;
- Inchaço na gengiva;
- Raramente, aparição de sangue nas fezes e urina.
Diagnóstico e tratamento
Apesar de o hemograma ser tradicional nos exames de check-up anuais, na maioria dos casos, eles não apontam a leucemia. Ribeiro diz que a confusão acontece por conta das células clone.
“O clone inicial que dá origem a doença pode passar imperceptível em exames de check-up e hemogramas convencionais. Durante meses até que a doença se manifeste por inteiro de forma completa”, afirma o hematologista.
Assim que o tipo e o subtipo de doença são identificados, e as necessidades do paciente são reconhecidas, o tratamento deve ser escolhido de forma individualizada. Em casos mais agressivos, é comum que o paciente precise fazer quimioterapia, radioterapia e transplante de células-tronco.
“O transplante só pode ser feito se as células-tronco forem obtidas de uma pessoa que tenha um tipo de tecido compatível. É uma situação delicada. Mas, se o paciente tiver acesso aos recursos necessários, a taxa de sobrevida pode ser alta. A leucemia linfoblástica aguda (LLA), por exemplo, tem percentual de cura acima de 90% com o procedimento”, afirma Ribeiro.
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