Letícia Sabatella: saiba os níveis do Transtorno do Espectro Autista
Atriz deu entrevista ao Fantástico falando de diagnóstico tardio de autismo. Entenda como ela descobriu a condição
atualizado
Compartilhar notícia
A atriz Letícia Sabatella, de 52 anos, revelou no dia 5/9 ter sido diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em entrevista no domingo (17/9) ao Fantástico, da TV Globo, ela deu mais detalhes sobre o assunto e disse se sentir aliviada por ter recebido o diagnóstico, ainda que tardiamente.
“O diagnóstico traz alívio para quem passa a vida se achando diferente e incompreendido. Foi libertador entender a origem da minha hipersensibilidade sensorial”, afirmou a atriz.
A descoberta de que possui o nível 1 do autismo chegou tardiamente, mas isso é frequente em pessoas que possuem a forma mais leve da condição. Segundo especialistas, muitas vezes há um processo inconsciente de mascaramento de sinais do TEA. Nesses casos, o indivíduo “disfarça” sua condição, buscando adotar comportamentos que são socialmente aceitáveis.
“Os casos mais leves estão muitas vezes associados ao que socialmente reconhecemos como timidez. Não há muita fixação do olhar, há uma dificuldade de aceitar barulhos ou situações de interação social intensa e, muitas vezes, uma leve dificuldade de se expressar verbalmente”, diz o psiquiatra Alexandre Valverde, ele mesmo diagnosticado aos 42 anos com o grau mais leve de autismo.
Entenda os diferentes níveis do Transtorno do Espectro Autista (TEA):
Nível 1: autismo leve
Pessoas com autismo leve são autônomas no dia a dia e, muitas vezes, podem nem perceber que possuem a condição, suavizando os sinais de forma involuntária. Os pacientes com autismo de grau 1, porém, costumam ser bastante adeptos à rotina e ter um pensamento mais rígido que a maioria das pessoas. Resistem a iniciar interações sociais, a trocar olhares e são focados em si mesmos.
Nível 2: autismo moderado
Indivíduos com autismo moderado necessitam de apoio no dia a dia e terapias direcionadas. Geralmente são diagnosticados ainda na infância pela dificuldade de socializar, podendo ter atraso de fala ou se comunicar de forma desconexa. O acompanhamento correto podem ajudá-los a adquirir mais funcionalidade e independência.
Nível 3: autismo severo
As pessoas com o transtorno em grau severo sequer desenvolvem a capacidade de comunicação verbal. Tendem ao isolamento e a uma forte fixação em objetos de interesse. Podem ser agressivas a si ou aos outros em momentos de estresse. Têm pouca autonomia, mesmo com acompanhamento terapêutico, e podem chegar a ser consideradas juridicamente incapazes.
Como é feito o diagnóstico de autismo?
O diagnóstico de transtorno do espectro autista é realizado por meio de uma observação comportamental cuidadosa, complementado com testes de triagem como o Questionário de Comunicação Social, que testa os níveis de expressão.
Neurologistas e psiquiatras especialistas em autismo são os mais indicados para fazer o diagnóstico de autismo.
Siga a editoria de Saúde do Metrópoles no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!