Leptospirose: conheça os sintomas da doença que se espalha no RS
Após a catástrofe climática, estado confirmou duas mortes causadas por leptospirose, doença transmitida pelo contato com água contaminada
atualizado
Compartilhar notícia
Com as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e as enchentes em grande parte do estado, duas mortes causadas por leptospirose, doença infecciosa transmitida pela urina de ratos, foram confirmadas nesta semana.
Na segunda-feira (20/5), a prefeitura de Travesseiro, cidade do Vale do Taquari, confirmou o óbito de um homem de 67 anos por leptospirose. Na terça (21/5), a prefeitura de Venâncio Aires, cidade do Vale do Rio Pardo, constatou a morte de um homem de 33 anos que teve contato com a água contaminada.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria leptospira.
A transmissão ocorre a partir do contato da bactéria com pele lesionada ou mucosas, ou pela pele íntegra que ficou imersa por longos períodos em água contaminada. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção e o início dos sintomas, normalmente ocorre entre 7 e 14 dias após a exposição a situações de risco.
Sintomas
As manifestações clínicas da leptospirose variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves associados a manifestações fulminantes. Elas são divididas em duas fases: precoce e tardia.
Os principais sintomas da fase precoce são:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas;
- Falta de apetite;
- Náuseas/vômitos.
Manifestações na fase tardia:
- Síndrome de Weil: tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias;
- Síndrome de hemorragia pulmonar: lesão pulmonar aguda e sangramento maciço;
- Comprometimento pulmonar: tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica;
- Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA);
- Manifestações hemorrágicas no pulmão, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central.
De acordo com o Ministério da Saúde, a ocorrência da leptospirose está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As enchentes, como no caso do Rio Grande do Sul, propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
O tratamento é feito com o uso de antibióticos e deve ser iniciado no momento que os médicos suspeitarem da condição.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!