metropoles.com

Leite materno transmite anticorpos contra a Covid-19, dizem pesquisas

Estudos reforçam a recomendação do aleitamento materno para casos em que a mãe tenha pouco, ou nenhum, sintoma da infecção

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Pixabay
BA vai receber R$ 483 mil em incentivo para promoção do aleitamento materno
1 de 1 BA vai receber R$ 483 mil em incentivo para promoção do aleitamento materno - Foto: Reprodução/Pixabay

O leite materno de mulheres infectadas com o coronavírus, ou que foram vacinadas, é um veículo transmissor de anticorpos para o bebê – é o que revelam dois estudos científicos feitos na Espanha e com resultados divulgados nesta segunda-feira (14/6).

Não se tratam dos primeiros estudos sobre a imunização conta o vírus Sars-Cov-2 pelo leite materno, tema que vem sendo investigado desde o início da pandemia, inclusive por pesquisadores brasileiros.

No caso das pesquisas espanholas, os estudos integram a iniciativa “MilkCorona”, desenvolvida pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e pelo Departamento de Pediatria do Hospital Clínico Universitário de Valência, ambos públicos.

No primeiro deles, sobre lactantes infectadas com a Covid-19, foi detectado que “a maioria das amostras apresentou anticorpos específicos contra o vírus, com uma grande variabilidade entre mulheres”.

“Em nenhuma das amostras de leite materno fomos capazes de detectar o RNA do vírus, e encontramos que, na maioria das mulheres infectadas, havia presença de anticorpos, sugerindo que o leite materno é um veículo de transmissão de anticorpos“, afirmou María Carmen Collado, pesquisadora do CSIC.

Por isto, os resultados sustentam a “importância de recomendar o aleitamento materno de forma sistemática em todos os casos em que a mãe tenha pouco, ou nenhum, sintoma”, completou a médica Cecilia Martínez Costa, do serviço de pediatria do Hospital Clínico de Valência.

Lactantes imunizadas
No segundo estudo, foi analisada a presença de anticorpos em 75 mulheres lactantes, imunizadas com três tipos de vacinas: Pfizer (duas doses), Moderna (duas doses) e AstraZeneca (uma dose). Conforme o comunicado do CSIC, o trabalho “mostrou a presença de anticorpos específicos nas amostras”.

Curiosamente, os níveis de anticorpos “variaram de acordo com a vacina recebida”, completa o comunicado, mas sem explicar que versão produziu o maior nível de imunidade.

O estudo estabeleceu ainda que o leite das mulheres vacinadas com uma dose e que sofreram a doença tinha níveis de anticorpos equivalentes aos de mulheres saudáveis com as duas doses.

O objetivo do estudo foi dissipar dúvidas sobre o impacto do vírus na amamentação em mulheres positivas para o vírus Sars-CoV-2. “Há cada vez mais evidências que confirmam o papel relevante do leite materno no fornecimento de imunidade passiva ao gerar e transmitir anticorpos específicos contra o vírus”, dizem os pesquisadores que argumentam que a amamentação deve ser mantida enquanto os sintomas forem poucos ou nenhum.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?