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Laringoscospia: como foi a cirurgia realizada em Lula

Presidente eleito passou por cirurgia no domingo (20/11). Boletim do hospital afirmou que “o procedimento mostrou ausência de neoplasia”

atualizado

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O presidente eleito Lula acena após discurso na COP27, no Egito - Metrópoles
1 de 1 O presidente eleito Lula acena após discurso na COP27, no Egito - Metrópoles - Foto: Christophe Gateau/picture alliance via Getty Images

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma laringoscopia no domingo (20/11). O procedimento ocorreu no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo e tinha dois objetivos: retirar uma leucoplasia de uma das pregas vocais de Lula e examinar detalhadamente a garganta dele.

A laringoscopia durou cerca de 40 minutos e foi feita sob anestesia geral. Este tipo de procedimento é considerado minimamente invasivo, os médicos introduzem os instrumentos pela boca do paciente e, usando uma micro câmera como guia, executam as ações necessárias.

Leucoplasia

A leucoplasia, espécie de lesão retirada no procedimento, foi detectada na garganta de Lula durante avaliação anterior feita no mesmo hospital antes da viagem ao Egito. A leucoplasia pode ser precursora de câncer, por isso os médicos sugeriram a retirada e a realização de exames mais detalhados.

No boletim divulgado pelo Sírio-Libanês, nesta segunda-feira (21/11), consta que “o procedimento mostrou ausência de neoplasia”. Ou seja, a equipe do hospital assegura que não foi encontrado tumor na garganta do presidente.

Entre os médicos que atenderam Lula neste domingo (20/11) estava Luiz Paulo Kowalski, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Sírio-Libanês. Em entrevista ao Estadão, Kowalski afirmou que a lesão foi retirada por completo e enviada para análise ainda enquanto o paciente e a equipe estavam no centro cirúrgico.

“Um médico patologista muito experiente fez o que chamamos de exame por congelação e verificou que se tratava de uma displasia leve, de baixo risco”, afirmou.

Câncer de laringe

Em 2011, Lula enfrentou um câncer de laringe e, durante a campanha eleitoral deste ano, apresentou a voz bastante rouca em vários compromissos públicos. A dificuldade com a voz apresentada por Lula levantou rumores sobre a possibilidade de uma recidiva do câncer.

O tecido retirado da garganta do presidente eleito seguiu para um método tradicional de análise e o esperado é que o resultado saia em até 48 horas.

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