Klippel-Trenaunay: a doença que matou a esposa do “viúvo do Twitter”
Síndrome rara foi responsável pela morte de Ivy Beatriz. Caso ganhou repercussão após exposição do viúvo no Twitter
atualizado
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O fotógrafo Bruno Baketa, conhecido como viúvo do Twitter, ficou entre os assuntos mais comentados da rede nesta terça-feira (18/7). Ele usava o Twitter para falar do luto pela morte de sua esposa, Ivy Beatriz, que faleceu devido a uma doença rara chamada síndrome de Klippel‐Trenaunay.
Várias mulheres vieram a público para contar que ele tinha casos extraconjugais enquanto a esposa estava doente e usava o momento de dor para seduzir as seguidoras.
A síndrome de Klippel‐Trenaunay foi responsável pela morte da fotógrafa Ivy Beatriz em fevereiro. Ela morreu aos 33 anos por causa de uma embolia pulmonar causada pela doença e deixou uma filha, Luiza, de 4 anos.
O que é a Klippel‐Trenaunay?
Descoberta em 1990, a síndrome é rara e causa má-formação do sistema circulatório. Ela é caracterizada por três principais sintomas: o aparecimento de manchas de cor vermelho intenso na pele, hipertrofia óssea e dilatação das veias.
De acordo com pesquisadores que publicaram um artigo sobre a condição na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica em 2018, a Klippel‐Trenaunay costuma atingir as pernas, o tronco e a face, e não há tratamento definitivo.
A doença acomete cerca de três a cada mil pessoas no Brasil e geralmente é detectada ainda na infância, já que é genética e costuma ser caracterizada por uma má-formação fetal.
A gravidade da síndrome é refletida em como ela atinge o organismo e se seu impacto ocorre mais fortemente nos óssos e nos músculos do que na pele. Com o crescimento dos ossos, a maior complicação é postural.
A Klippel-Trenaunay também aumenta o risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar – quadro que acometeu Ivy – e pode levar à morte precoce.
Em geral o tratamento é feito com dermatologistas, cirurgiões plásticos, hematologistas e ortopedistas para controlar os sintomas e a dor. Raramente a doença é fatal e em geral os sintomas diminuem após a adolescência.
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