Jovens também podem ter morte súbita durante o sexo, indica estudo
Pesquisa relata que a idade média de pessoas que morrem durante o sexo é de 38 anos. Veja o que diz a ciência sobre essas mortes súbitas
atualizado
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As mortes súbitas durante o sexo são raras, mas estão longe de ser uma preocupação exclusiva da terceira idade. Cerca de 0,6% de todas as pessoas que tiveram morte súbita estava transando, e isso pode acontecer também na juventude.
Embora sejam comumente divulgados os casos de pessoas com mais idade que morreram durante o sexo, como o pai do ator Matthew McConaughey, que perdeu a vida no decorrer de ato sexual, em 1992, a fatalidade pode acontecer em qualquer idade – os fatores de riscos envolvem malformações cardíacas e uso de drogas.
A idade média das pessoas que morreram durante o sexo encontrada em um estudo de 2022 foi de 38 anos. A análise reuniu dados de 17 casos relacionados a óbitos dessa natureza registrados em um hospital do Reino Unido entre 1994 e 2020: 11 homens e 6 mulheres. Apenas quatro deles tinham histórico prévio de doenças cardíacas.
O que mata as pessoas durante o sexo?
Mais da metade dos indivíduos analisados no estudo perdeu a vida por causa da síndrome de morte arrítmica súbita (SADS, em inglês), que acontece quando há uma parada cardíaca súbita sem motivo aparente. Há indícios que conectam o óbito a sutis alterações cardíacas transmitidas geneticamente.
Em um artigo publicado no site de divulgação científica The Conversation a respeito do histórico de pesquisas sobre o tema, o patologista químico David Gaze ressaltou que, em geral, esses casos são consequência de uma combinação de esforço físico e drogas (lícitas ou ilícitas).
“Em geral, as pessoas são vítimas da atividade sexual em consonância com medicamentos, especialmente os para tratar a disfunção erétil e/ou drogas ilegais, como a cocaína”, assinala o patologista.
Tanto os produtos quanto a atividade física têm em comum o fato de aumentarem o fluxo cardíaco, o que pode engatilhar condições coronárias preexistentes ou levar à movimentação de coágulos até o coração.
Parceiros raramente socorrem a vítima
Em um estudo semelhante apresentado em uma conferência da American Heart Association, em 2017, pesquisadores descreveram o caso de 32 homens e duas mulheres vítimas de morte súbita durante o sexo. Em apenas um terço dos casos, os parceiros das vítimas tentaram fazer massagens cardíacas para reanimá-las.
Em nenhum dos estudos analisados pelo pesquisador a média de idade de morte súbita superou os 59 anos. “Mesmo que o risco seja baixo até para pessoas com cardiomiopatias, o mais aconselhável é não esperar para consultar um cardiologista em casos de morte súbita na família”, aconselha o médico.
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