metropoles.com

Aos 25, jovem que usava vape diariamente fica com “buraco” no pulmão

Americano fez alerta de que mesmo tendo parado de fumar há um ano ainda teve de ir ao pronto-socorro por consequências do vape

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Instagram/j0elawrence
Montagem de fotos mostra Joe Lawrence, americano que teve problema pulmonar por uso de vape, em uma das imagens com um cigarro eletrônico e na outra com dutos e sensores por tratamento de seu pulmão colapsado
1 de 1 Montagem de fotos mostra Joe Lawrence, americano que teve problema pulmonar por uso de vape, em uma das imagens com um cigarro eletrônico e na outra com dutos e sensores por tratamento de seu pulmão colapsado - Foto: Reprodução/Instagram/j0elawrence

O relato do americano Joe Lawrence, de 25 anos, viralizou no X (antigo Twitter) na última semana – o jovem conta que, pelo hábito de fumar vape “todos os dias durante anos”, acabou ficando com um buraco em seu pulmão.

Joe diz que parou de fumar há mais de um ano, mas ainda enfrenta as consequências do cigarro eletrônico. “Outro dia, fui levado às pressas para o pronto-socorro sem conseguir respirar. Quase tive um colapso total do pulmão”, afirma.

O jovem fumava cigarros eletrônicos com sabor de frutas, mas deixou o vape quando descobriu que inflamações em seu pulmão haviam danificado o órgão, permitindo o escape do ar.

Joe teve um pneumotórax traumático, que não costuma ser fatal, mas causa dores e exige cuidados especiais. O tratamento envolve procedimentos feitos no hospital para retirar o ar e mudanças de hábito para permitir que o pulmão cicatrize.

“Por favor, cuidem-se e pensem em parar de fumar. Não vale a pena”, completou Joe.

4 imagens
Jovem diz que tinha o hábito de fumar diariamente "por anos"
Joe usava o vape e postava fotos fumando em suas redes sociais
Ele deixou o cigarro eletrônico há cerca de um ano
1 de 4

Joe Lawrence foi internado com um buraco em seu pulmão e passou por procedimento para a retirada de ar do organismo

Reprodução/Instagram/j0elawrence
2 de 4

Jovem diz que tinha o hábito de fumar diariamente "por anos"

Reprodução/Instagram/j0elawrence
3 de 4

Joe usava o vape e postava fotos fumando em suas redes sociais

Reprodução/Instagram/j0elawrence
4 de 4

Ele deixou o cigarro eletrônico há cerca de um ano

Reprodução/Instagram/j0elawrence

Vape é hábito comum entre jovens

A pesquisa Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgada em agosto, revelou que 11,6% dos usuários aderiram aos dispositivos por querer estar na moda.

“Há uma falsa sensação entre os jovens de poder fumar estes cigarros eletrônicos sem culpa, achando que eles não causam problemas, o que é uma ilusão”, explica a pneumologista Andrea Sette do Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or.

Ela destaca que existem sintomas característicos do uso de vapes em adolescentes e até menores de idade que estão buscando os consultórios. “Notamos um aumento significativo de jovens com quadros de asma exacerbada, tosse, falta de ar e, em casos mais graves, pneumonia e insuficiência respiratória aguda em decorrência do uso desses dispositivos”, completa a médica.

Embora seja comum encontrar usuários dos vapes no Brasil, o cigarro eletrônico é proibido no território nacional desde 2009. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma consulta pública no início do ano para rever a decisão, mas os resultados ainda estão sendo analisados.

14 imagens
Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
1 de 14

Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

Martina Paraninfi/Getty Images
2 de 14

Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

Leonardo De La Cuesta/Getty Images
3 de 14

No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

Dirk Kruse / EyeEm/Getty Images
4 de 14

Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

Martina Paraninfi/Getty Images
5 de 14

Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

Yana Iskayeva/Getty Images
6 de 14

Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

Shahril Affandi Khairuddin / EyeEm/Getty Images
7 de 14

Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

sestovic/Getty Images
8 de 14

Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

RyanJLane/Getty Images
9 de 14

O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images
10 de 14

O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

Diego Cervo / EyeEm/Getty Images
11 de 14

Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

hocus-focus/Getty Images
12 de 14

Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

HEX/Getty Images
13 de 14

Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

Getty Images
14 de 14

As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

Daniel Cabajewski / EyeEm/Getty Images

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?