Pessoas que passam o início da vida adulta solteiras vivem melhor
Segundo pesquisadores, pessoas que não se casam de imediato desenvolvem melhor as habilidades socioemocionais e superam melhor frustrações
atualizado
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Morar sozinho durante o início da vida adulta pode ajudar o indivíduo a lidar melhor com frustrações, segundo uma pesquisa publicada no Journal of Marriage and Family.
A solitude – termo que vem sendo usado como solidão positiva – também foi associada a uma melhor autopercepção e maior desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
As pesquisadoras Ellen Verbakel e Lonneke van den Berg se basearam nos dados de cerca de 1.000 pessoas com idades entre 18 e 40 anos. O grupo era composto por 190 mulheres e 151 homens que eram “inicialmente solteiros” quando saíram da casa dos pais, e 400 mulheres e 262 homens que estavam “imediatamente casados” quando se mudaram.
Os dados vieram do Painel Socioeconômico Alemão (SOEP), uma pesquisa domiciliar que pergunta aos voluntários informações sobre renda, moradia e satisfação com a vida.
Os resultados mostraram que os indíviduos que permaneceram solteiros por mais tempo experimentaram um declínio menor na satisfação com a vida. Aqueles que se casaram imediatamente após saírem da casa dos pais tiveram uma grande queda em seu nível de contentamento.
As mulheres que saíram da casa dos pais e foram morar com um parceiro romântico tiveram uma queda na satisfação com a vida após a primeira separação, e seus níveis de satisfação não melhoraram muito nos três anos seguintes.
Para as mulheres que eram inicialmente solteiras quando se mudaram de casa, também houve uma queda na satisfação com a vida após o primeiro rompimento, mas a diferença foi que, nos dois anos seguintes, a perspectiva delas melhorou e elas voltaram ao nível em que estavam no ano anterior à separação.
Acostumados à solidão
Para os homens, os resultados foram um pouco diferentes, mas ainda mostraram os benefícios de ser solteiro na casa dos 20 anos.
Os homens que se casaram imediatamente tiveram uma grande queda na satisfação com a vida no momento da separação, mas melhoraram no ano seguinte.
Aqueles que inicialmente eram solteiros, porém, quase não demonstraram qualquer mudança na satisfação com a vida após o rompimento.
De acordo com as autoras, “o efeito de uma separação pode, portanto, ser menor para indivíduos que anteriormente eram solteiros”.
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