metropoles.com

“Ganhei uma vida”, diz jovem após retirar 6 kg de mama

Stheffany Ramos dos Santos, 21 anos, sofria com gigantomastia, condição que leva ao crescimento exagerado das mamas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Margareth Ramos/ Imagem cedida ao Metrópoles
Médico e paciente na saída de hospital - Metrópoles
1 de 1 Médico e paciente na saída de hospital - Metrópoles - Foto: Margareth Ramos/ Imagem cedida ao Metrópoles

Nos primeiros anos da adolescência, Stheffany Ramos dos Santos percebeu que seus seios não eram como os das outras meninas de sua idade. Muito maiores do que o normal, devido a um quadro de gigantomastia, eles causaram um grande impacto na vida social da então adolescente.

“Eles começaram a crescer muito quando eu tinha 14 anos. Olhava para as minhas amigas e via que eram muito diferentes. Eu tinha vergonha e tentava ao máximo esconder com roupas largas, mas não era fácil”, lembra a jovem de Santa Bárbara, Goiás, hoje com 21 anos.

Com o passar dos anos, os seios da garota foram crescendo muito mais do que o normal — por isso, Stheffany abandonou hobbies e passou a ter uma vida reclusa. “Eu gostava muito de jogar futebol, mas era difícil correr porque balançava, pesava muito e doía as costas. Foi uma fase bem complicada”, conta.

“Eu ficava morrendo de dó dela. Não convivia com as pessoas, tinha vergonha. Ficava só dentro do quarto”, recorda a mãe de Stheffany, Margareth Ramos.

A família da goiana sempre procurou alternativas para resolver o problema. A principal solução era a cirurgia para retirar o tecido extra.

Stheffany lembra que não sentiu medo da operação: ela conversou muito com o médico antes do procedimento e soube de todas as informações antes de fazer a cirurgia que acabou retirando seis quilos de tecido mamário.

“Ganhei uma nova vida, mais fácil, porque agora posso fazer o que não tinha condições antes. Eu cansava muito fácil e agora as coisas mudaram completamente”, afirma.

Imagem colorida: duas mulheres sentadas - Metrópoles
Stheffany evitava sair de casa por vergonha do tamanho dos seios

O que é gigantomastia?

A gigantomastia é um quadro clínico em que a mulher desenvolve mamas muito maiores do que o volume convencional, ultrapassando o tamanho 54 do sutiã.

O médico Carlos Gustavo Neves, cirurgião plástico na unidade Goiânia do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que a condição é classificada quando há retirada de pelo menos 1,5 quilo de tecido mamário dos dois seios. No caso de Stheffany, foram removidos seis quilos.

A condição pode ser causada por diferentes motivos, incluindo fatores genéticos, distúrbios glandulares, hipertrofia da mama após a gestação, diabetes e obesidade.

Junto com a gigantomastia, Stheffany desenvolveu feridas que se espalharam pelos dois seios e uma doença na papila mamária da aréola. “A região do bico do peito e aréola estava doente, com uma alteração benigna”, conta Neves.

Imagem seios grandes
Mulheres com gigantomastia sofrem impactos na saúde física e mental devido ao tamanho das mamas

Reconstrução mamária

A cirurgia de reconstrução das mamas, chamada de mastoplastia redutora para tratamento de gigantomastia, tem uma função que vai além da estética. Ela tem um papel importante para o bem-estar físico e mental das pacientes.

“A gente não opera só a mama. Vemos a harmonia do ser humano com quadril, coxa, braços e com o que a pessoa imagina que quer. A Stheffany queria ter uma mama o mais próximo do normal para se sentir bem e ter a feminilidade de volta”, explica o médico.

Stheffany passou pelo procedimento em 7 de março deste ano, no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, gerido pelo Albert Einstein em Goiás. Além da ressecção da mama, os médicos fizeram a remoção de toda a parte doente e reconstrução simulando a aréola e mamilo com um enxerto de pele da região inguinal (entre a genitália e a coxa).

“Pelo volume muito grande da mama, a reconstrução precisou ser feita com a ressecção de toda a parte doente. A gente não consegue usar as técnicas habituais de reconstrução da aréola e da papila por dois motivos: o tamanho da mama era muito grande – então o bico do peito era longe da posição normal – e por causa da doença que ela tinha na região”, explica o médico.

O procedimento foi bem-sucedido e a paciente se recuperou bem em casa. “Hoje, me sinto muito melhor. Foi literalmente como tirar um peso das costas. É um alívio e felicidade de saber que daqui pra frente eu tenho uma nova vida”, afirma Stheffany.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?