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Paris 2024

Animado? Jogos Olímpicos incentivam público a praticar esportes

Nos próximos dias, o mundo estará atento aos melhores atletas de mundo, de diferentes modalidades, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

atualizado

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David Ramos/Getty Images
Imagem colorida dos arcos olímpicos em Paris, cerimônia- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida dos arcos olímpicos em Paris, cerimônia- Metrópoles - Foto: David Ramos/Getty Images

A cada quatro anos, o mundo inteiro cria um espaço na rotina para assistir aos Jogos Olímpicos. É quando podemos ver atletas de elite dando o máximo em esportes que não acompanhamos tão de perto no dia a dia, como o atletismo, ginástica olímpica e skate.

Além de permitir que os melhores atletas do mundo compitam, as Olimpíadas também acabam inspirando e incentivando o público em geral a ser mais ativo.

Na edição de Tóquio – realizada em 2021 por causa da pandemia da Covid-19 –, o Brasil viveu o “efeito Rayssa Leal“. As vendas do setor do skate em alguns canais de comércio eletrônico quase dobraram após as medalhas da jovem e dos colegas brasileiros Kelvin Hoefler e Pedro Barros.

“Nós acompanhamos a repercussão do sucesso da Rayssa e como isso se refletiu sobre os praticantes do esporte. Vimos um aumento significativo de atletas, sobretudo entre os jovens, bem como na ginástica olímpica, com a Rebeca Andrade“, lembra o educador físico Rubens Branquinho dos Santos, professor da Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo.

O professor de Educação Física Tácio Santos, do Centro Universitário de Brasília (Ceub), explica que mega-eventos, especialmente os multi-esportivos como os Jogos Olímpicos, tendem a aproximar as pessoas da prática esportiva e do exercício físico em geral.

“Essa influência se dá pela dimensão midiática desses eventos. Além da exposição da competição, o público conhece a rotina dos atletas e histórias de superação que acabam motivando as pessoas a superarem as próprias limitações e desmotivações para as práticas esportivas”, considera Tácio.

Está na dúvida sobre começar a se exercitar?

O exercício físico é um elemento importante na prevenção e no tratamento das principais doenças crônicas que afetam a população mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças e adolescentes pratiquem pelo menos 60 minutos de atividade física por dia. Adultos devem fazer pelo menos 150 minutos durante a semana.

O professor de Educação Física do Ceub incentiva que, mesmo que não seja possível fazer o mínimo recomendado, a pessoa não desista. “Qualquer passo a mais, qualquer minuto a mais que ela consiga inserir na sua rotina, já será benéfico para o bem-estar psicológico, físico e social”, afirma. “Conforme for se tornando viável, seja pela capacidade física ou pela motivação, ela vai aumentando gradativamente o tempo e progredindo no seu exercício físico”, sugere.

Políticas públicas

Embora toda prática física seja benéfica à saúde, o educador físico reconhece que a animação acaba se limitando ao período dos jogos e as pessoas perdem o interesse com o passar do tempo. Branquinho dos Santos avalia que é preciso informação com relação à prática dos esportes — bem informadas, elas teriam uma motivação a mais para se dedicarem.

Os especialistas consideram que parte desse incentivo deve partir também das autoridades locais, com políticas públicas voltadas para a saúde e o estímulo da prática regular da atividade física.

“O governo, nas diferentes esferas (federal, estadual, municipal), pode aproveitar esses mega-eventos para estimular a prática de atividade física”, aponta Tácio.

Os modelos de mais sucesso, com o engajamento da população, são aqueles que incorporam a prática da atividade física na rotina das pessoas, como está previsto na agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Isso inclui o ordenamento urbano, com cidades menos hostis ao deslocamento e com espaços de lazer e interação social. “Modelos mais voltados para o esporte que se mostraram longevos são aqueles em que a atividade física está integrada na educação desde o início da idade escolar para que se torne um hábito e para que a população seja capaz de ter algum nível de autonomia para ser fisicamente ativa”, afirma o professor do Ceub.

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