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Jejum de 7 dias: médico alerta sobre perigos da dieta de Mayra Cardi

Influencer divulgou a ação em suas redes sociais e foi alvo de comentários negativos. Sem acompanhamento, a dieta pode gerar danos à saúde

atualizado

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Mayra Cardi
1 de 1 Mayra Cardi - Foto: Reprodução/Instagram

Postagens feitas pela influenciadora digital Mayra Cardi nesta quarta-feira (28/4) deixaram muitos usuários das redes sociais revoltados. No Instagram, a empresária divulgou para seus mais de 6 milhões de seguidores que está há sete dias sem comer.

Segundo ela, além de emagrecer, o jejum tem como objetivo a “elevação espiritual” e o “autoconhecimento”. Para encerrar o período sem comida, Mayra afirmou que comerá somente frutas, legumes e verduras cruas e contou que planeja outros dois jejuns, um de 12 dias e outro de 40 dias de duração.

Muitos usuários relataram desconforto com as declarações de Cardi e alguns chegaram a denunciar as postagens por apologia a distúrbios alimentares, como a anorexia. Em uma série de stories, a influencer afirma que “comer é um hábito” e que “não sente nenhuma fome”.

“Comer é um momento de pausa. Não tenho nada para fazer. Então o comer se torna uma mudança de ambiente, uma fuga. A gente usa essa desculpa de que a gente tem que comer, mas na verdade a gente não está com fome”, avaliou.

Mateus Barbosa de Queiroz, nutrólogo do Hospital Anchieta de Brasília, explica que a prática do jejum precisa ser feita com acompanhamento de médicos especializados para que os efeitos não sejam negativos para a saúde. Segundo ele, quanto maior o tempo sem comida, maiores as chances de efeitos adversos. “Isso é especialmente válido para pessoas com doenças prévias, como câncer e diabetes”, completa.

De acordo com o médico, já existem estudos sobre jejum prolongado com três semanas de duração, porém os pacientes são acompanhados rigorosamente por uma equipe de profissionais médicos experientes. “Se for por curtos períodos, o jejum pode até ajudar a ‘reiniciar’ o metabolismo, mas é preciso ter cuidado”.

Diferentemente do que se prega nas redes sociais, o jejum intermitente (em que a pessoa alterna os dias em que se alimenta) ou prolongado (quando o indivíduo passa períodos de tempo sem comer, que pode variar de algumas horas a semanas) não são indicados para qualquer pessoa. Para ser feito de forma segura, é preciso que um profissional indique como encerrar o período sem comer.

“A qualidade da dieta nos intervalos dos períodos de jejum é importantíssima, senão os benefícios da prática se perdem”, reforça o nutrólogo. “O paciente pode até perder peso, mas seu perfil metabólico fica pior.”

Tomar cuidado com o que se come após longos períodos de jejum é importante para evitar a Síndrome da Realimentação, situação que costuma ocorrer em pacientes que foram impedidos de se alimentar por algum motivo, como internações médicas, e que voltam a comer de forma não gradual. O problema tem como características principais alterações neurológicas, sintomas respiratórios, arritmias e falência cardíaca.

Quando feito de maneira independente, o jejum pode causar uma indisciplina alimentar, de acordo com Mateus Queiroz. “Uma pessoa que passa longos períodos sem se alimentar pode até desenvolver alguma compulsão”, alerta. “O paciente pode ter perda de peso às custas de músculos do que às custas de gordura, o que é o oposto do que se deseja.”

Veja as melhores dietas para manter uma alimentação saudável segundo ranking anual da U.S. News & World Report:

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<b>Dieta Mediterrânea –</b> Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Dieta MIND –</b> Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
<b> Dieta TLC –</b> Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
<b> Dieta Nórdica –</b> Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

iStock
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações

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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso

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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares

David B Townsend/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação

Sharon Chen/Unsplash

 

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