Já tive dengue uma vez. Corro o risco de pegar de novo?
Há quatro subtipos do vírus da dengue em circulação no Brasil. Saiba o que isso significa para o contágio da doença
atualizado
Compartilhar notícia
Enquanto os pesquisadores se debruçam sobre os estudos para entender melhor o comportamento do novo coronavírus, a dengue continua sendo motivo de preocupação no Brasil.
Para se ter uma ideia da complexidade dessa enfermidade, uma mesma pessoa pode ser infectada em até quatro ocasiões diferentes. O mosquito Aedes aegypti é vetor de quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
“Temos quatro sorotipos e todos eles circulam no Brasil. Uma pessoa que tenha contraído um desses tipos cria anticorpos contra ele (fica imune), mas não para os demais. Por isso, é possível pegar a dengue até quatro vezes”, explica o virologista José Eduardo Levi, do Laboratório Exame.
As infecções subsequentes tendem a ser mais graves, sobretudo a segunda. “Isso ocorre porque os anticorpos criados para a tipo 1, por exemplo, combatem a tipo 1. Nos outros, eles ajudam a disseminar o vírus, mas não o neutralizam”, explica Levi.
A epidemia de dengue costuma variar de um lugar para outro, justamente em razão da diversidade dos sorotipos. Estudos apontam que a cada quatro anos há uma grande epidemia, por causa da inserção de um sorotipo diferente do combatido anteriormente.
O Distrito Federal já registrou 39.219 casos prováveis de dengue e 33 óbitos em decorrência da até 13 de junho de 2020.
A variação dos sorotipos da dengueé tão complicada que dificulta a criação de uma vacina 100% eficaz contra a enfermidade.
Sintomas mais comuns de dengue:
-Febre;
-Vômito;
-Enjoo;
-Dores de cabeça;
-Dores musculares; e
-Dores ao movimentar os olhos.