Homem morre após beber garrafa de cachaça: saiba quando álcool é fatal
Vídeo de trabalhador rural que bebeu um litro de cachaça inteiro de uma vez viralizou. Médico aponta riscos da intoxicação alcoólica
atualizado
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O trabalhador rural Antônio Cândido Tavares, de 42 anos, morreu após beber um litro de cachaça de uma vez só no último domingo (16/7). O dono do estabelecimento, em Santo Antônio do Rio Verde, distrito de Catalão, no sudeste goiano, disse que o homem se deitou na calçada e não levantou mais.
O caso foi registrado como morte natural, pois não existiam evidências criminosas. Porém, existe um grande perigo em consumir álcool de forma desenfreada e rápida. Um dos riscos é a cirrose, distorção disseminada da estrutura interna do fígado. Os danos podem ser fatais.
Outra consequência perigosa é a intoxicação alcoólica. Segundo o gastroenterologista Flavio Ramos, membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), ela é um estado físico e mental do paciente, provocado por um consumo excessivo de álcool.
“A intoxicação alcoólica ocorre quando a quantidade etílica no sangue atinge um nível elevado, a ponto de interferir nas funções que o corpo exerce normalmente. Ela se apresenta, por exemplo, com dificuldade de coordenação motora, comportamentos agressivos ou impulsivos, vômitos, visão turva e perda de consciência”, afirma Ramos.
O médico explica que a tolerância alcoólica varia de acordo com o organismo de cada um. “São diversos fatores que determinam a intoxicação, como peso, tempo de exposição à bebida e velocidade de consumo. Porém, o quadro pode ser determinado quando os níveis de álcool no sangue estão em aproximadamente 0,08%, 0,1%, ou mais”, diz.
Consequências da intoxicação alcoólica
Algumas das consequências da intoxicação alcoólica são:
- Hipoglicemia;
- Alteração da consciência;
- Tontura, que pode levar a quedas com traumatismo craniano;
- Coma induzido;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Agressividade;
- Impulsividade;
- Perda de controle.
Em geral, o público mais suscetível a sofrer com intoxicação alcoólica são os jovens. O grupo, muitas vezes, pode não medir as consequências e se ver mais vulnerável ao vício e consumo desenfreado da bebida.
“De acordo com a gravidade do quadro, é necessário monitorar os sinais vitais no hospital e verificar a frequência cardíaca e respiração. Com a perda de consciência, o tratamento inclui ainda observação para certificar que pessoa não vai vomitar, com risco de broncoaspiração. É necessário vigilância ativa”, alerta Ramos.
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