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Ter um intestino saudável pode ser um dos fatores mais importantes para o sucesso de tratamentos contra o câncer. A informação vem de uma grande pesquisa que relacionou a qualidade do microbioma intestinal com a resposta à imunoterapia contra melanoma apresentada pelos voluntários.
Atualmente, menos de 50% dos pacientes respondem positivamente à imunoterapia para o tratamento de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. A taxa expõe a necessidade de encontrar estratégias para aumentar o número de respostas positivas.
De acordo com o estudo publicado nessa segunda-feira (28/2), na revista Nature Medicine, “compreender as características do microbioma pode permitir que os médicos alterem o microbioma de um paciente antes de iniciar o tratamento”.
Os pesquisadores reuniram uma grande quantidade de pacientes com melanoma e amostras de microbioma intestinal de cinco centros clínicos no Reino Unido, Holanda e Espanha. Com esses dados foi possível fazer um estudo metagenômico em larga escala, com o sequenciamento do microbioma intestinal, para investigar a associação entre a composição e a função do microbioma intestinal e a resposta à imunoterapia.
A presença de três tipos de bactérias no intestino – Bifidobacterium pseudocatenulatum, Roseburia spp. e Akkermansia muciniphila – foi associada à melhor resposta imune. O conjunto de microrganismos que vivem no intestino pode ser alterado com mudanças simples na dieta, com a ingestão de probióticos, por exemplo. Essa mudança, por sua vez, modifica a ação do microbioma no sistema imunológico.
“Este estudo mostra que as chances de sobrevivência com base em micróbios saudáveis quase dobraram entre os subgrupos”, afirmou o professor Tim Spector, da School of Life Course & Population Sciences, na King’s College London.
Melhores dietas para comer saudável
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação
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O estudo mostrou também que o próprio microbioma é fortemente influenciado por fatores como a dieta seguida pelo paciente, a constituição física dele e o uso de medicamentos que inibem a enzima H+/K+-ATPase no estômago (inibidores da bomba de prótons).
“O objetivo final é identificar quais recursos específicos do microbioma estão influenciando diretamente os benefícios clínicos da imunoterapia para explorar esses recursos em novas abordagens personalizadas. Enquanto isso, este estudo destaca o impacto potencial de uma boa dieta e saúde intestinal nas chances de sobrevivência em pacientes submetidos à imunoterapia”, disse Spector.