Inteligência artificial será usada para análise de patologias no DF
Laboratório Exame investe em tecnologia para a realização de diagnósticos de tumores. Médicos participam de rede nacional de especialistas
atualizado
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A rede de laboratórios Exame começa a fazer análises patológicas digitais neste mês. O grupo fez investimento no valor de R$ 15 milhões em tecnologia de ponta e contratou cinco profissionais especializados na área para as unidades do DF, que farão parte de uma rede de 68 patologistas que trabalham na Dasa, empresa que controla a Exame e tem laboratórios em várias partes do país.
As análises patológicas serão feitas a partir de tecidos retirados do corpo – como, por exemplo, tumores –. A rede Exame já realizava diagnósticos dessa natureza, só que eles eram feitos com o uso de microscópios eletrônicos. As amostras recolhidas em biopsias agora serão analisadas por meio de telepatologia, técnica que alia o conhecimento médico à inteligência artificial, permitindo mais agilidade e precisão nos diagnósticos.
Depois de serem digitalizadas, as informações estarão disponíveis para que os laudos sejam produzidos de maneira compartilhada entre os patologistas e também alimentarão um banco de dados do laboratório. “Estamos montando uma rede de patologistas de várias partes do país, isso garante aos nossos pacientes um diagnóstico bastante preciso, pois eles terão acesso ao conhecimento de profissionais altamente especializados”, destaca o médico Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.
Outra vantagem é que não será necessário enviar as amostras retiradas nas biópsias para outras regiões do país, o que garante maior segurança em relação as informações recolhidas. A nova tecnologia também permitirá o armazenamento dos dados obtidos, facilitando o acesso ao material colhido para o caso de revisão ou de consulta ao histórico do paciente. “Nós tiramos o profissional da frente do microscópio e ele passa a ver a lâmina na tela do computador. Isso aumenta a qualidade do trabalho. É usar a tecnologia a favor da medicina e do paciente”, afirma Campana.