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Insulina semanal: como funciona novo medicamento para diabetes

Nova versão do medicamento reduz aplicações de 365 para 52 ao ano, melhorando a qualidade de vida das pessoas com diabetes

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Insulina semanal: como funciona medicamento para diabetes em aprovação Nova versão do remédio pode reduzir aplicações de 365 para 52 ao ano e melhorar a qualidade de vida de diabéticos
1 de 1 Insulina semanal: como funciona medicamento para diabetes em aprovação Nova versão do remédio pode reduzir aplicações de 365 para 52 ao ano e melhorar a qualidade de vida de diabéticos - Foto: iStock

Um tipo de insulina que permite a aplicação semanal foi uma das principais novidades do último Congresso da Associação Americana de Diabetes, realizado entre 23 e 26 de junho, nos Estados Unidos.

A indicação do medicamento permitirá que os pacientes com diabetes reduzam o número de aplicações da injeção de 365 para 52. Essa versão de insulina é produzida pela farmacêutica Novo Nordisk e promete facilitar a vida dos pacientes.

Com a redução das doses necessárias para controlar a glicemia, os médicos acreditam que haverá maior adesão ao tratamento. Atualmente, a necessidade diária de injetar o hormônio anabólico leva a uma descontinuidade do tratamento nas situações em que os pacientes se esquecem de aplicar a insulina. As falhas podem levar a descontroles nos níveis de açúcar no sangue.

“Além do conforto e comodidade para os pacientes, os estudos recentes mostraram que essa forma de insulina semanal é melhor para a saúde ao ser comparada com as versões diárias com a mesma finalidade”, afirma o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, consultor convidado pela Novo Nordisk para explicar a medicação a jornalistas.

A insulina semanal será vendida comercialmente com o nome de Icodeca. Ela tem a capacidade de modificar quimicamente as moléculas da insulina basal, criando uma substância que permanece ativa no organismo por sete dias, com eficácia igual ou superior ao medicamento tradicional.

Estudo mostra que vacina semanal é mais eficiente

Durante a conferência científica, foram apresentados dados de duas pesquisas envolvendo 1.510 pessoas com diabetes que estavam tendo dificuldades para controlar adequadamente seus níveis de glicose com medicamentos orais. Os resultados também foram publicados no The New England Journal of Medicine.

Parte dos voluntários recebeu a insulina semanal, aplicada com canetas semelhantes às mais modernas disponíveis no mercado. A outra parte recebeu injeções diárias. A Icodeca mostrou resultados superiores, controlando mais rapidamente e mantendo os níveis de glicose dos participantes mais estáveis ao longo do tempo.

Os pacientes que usaram a insulina semanal tiveram níveis ideais de glicose durante 71,9% do tempo. Enquanto isso, a versão diária de injeções demonstrou o controle de açúcar no sangue em 66,9% do tempo.

Riscos da diabetes descontrolada

Os principais sintomas da hiperglicemia são excesso de urina e de sede, no entanto, sintomas como dores, dormência, formigamento das pernas, visão turva e embaçada e prurido nas regiões genitais também podem aparecer.

Para os portadores da diabetes tipo 1, a hiperglicemia pode levar ao coma e à cetoacidose diabética. Para os portadores da diabetes tipo 2, os sintomas são quase imperceptíveis e a demora no diagnóstico ocasiona complicações sérias nos rins, no coração e nos olhos.

Pacientes que ficam em hipoglicemia, ou seja, em níveis abaixo do normal de glicose no sangue, podem sofrer sérios problemas de saúde, como desmaios e crises convulsivas.

A insulina semanal ainda não está à venda, mas os ensaios clínicos foram encaminhados para a avaliação das agências reguladoras, inclusive a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

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