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Iniciar dieta com jejum potencializa perda de peso, afirma pesquisa

Pesquisadores da Alemanha acompanharam dois grupos de voluntários que iniciaram regimes de emagrecimento e controle da pressão

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1 de 1 talheres-e-um-prato-branco-com-fita-metrica-em-um-amarelo-o-conceito-de-emagrecimento-e-dieta-alimentar_78492-3736 - Foto: Freepik

Começar uma nova dieta com um período de jejum aumenta os benefícios da mudança de hábitos alimentares para a saúde, de acordo com um estudo publicado em 30 de março no portal Nature Communications.

Pesquisadores do Centro Max Delbruck de Medicina Molecular, em Berlim, acompanharam 71 voluntários com síndrome metabólica e
pressão alta por um período de três meses. Todos os participantes seguiram a dieta Dash –  do inglês Dietary Approaches to Stop Hypertension, um regime alimentar focado no controle da pressão arterial a partir do consumo de produtos agrícolas, grãos inteiros e carnes magras.

Metade dos participantes iniciou a dieta com um período de jejum de cinco dias sem alimentos sólidos, os outros seguiram apenas o protocolo padrão. Os pesquisadores descobriram que, embora todos os participantes tenham se beneficiado com a dieta, o grupo em jejuou viu mais resultados positivos em relação à redução de peso e ao controle da pressão arterial.

Os efeitos positivos do jejum se mantiveram mesmo ao final da dieta de três meses. Em comunicado à imprensa, o principal autor do trabalho, Andras Maifeld, afirmou que o período de preparação antes da mudança alimentar conseguiu intensificar os efeitos da Dash. “Mudar para uma dieta saudável tem um efeito positivo na pressão arterial. Se a dieta for precedida por um jejum, esse efeito é intensificado”, afirmou.

Microbioma intestinal
O jejum foi capaz de mudar drasticamente o microbioma intestinal – conjunto de bactérias presentes no intestino que auxiliam na digestão de alimentos. Tipos mais benéficos de bactérias, associados à redução da pressão arterial, multiplicaram-se durante o jejum, descobriram os pesquisadores.

“O jejum atua como um catalisador para microrganismos protetores no intestino. A saúde melhora claramente muito rapidamente e os pacientes podem reduzir sua medicação ou até mesmo parar de tomar os comprimidos”, afirmou a pesquisadora Sofia Forslund, que também participou da pesquisa.

Essas mudanças positivas persistiram mesmo depois que os participantes do estudo voltaram a comer, o que pode explicar por que a saúde deles apresentou vantagem em relação à do grupo que não jejuou.

Se feito de maneira inadequado, entretanto, o jejum pode ser um tiro no pé para o metabolismo e para a saúde. Apesar de as formas mais curtas de jejum intermitente sejam consideradas seguras para a maioria das pessoas, não o são para todos. E jejuar por mais de um dia por vez pode ser arriscado, podendo causar fadiga, tontura, alterações na pressão arterial, perda de massa muscular e distúrbios do sistema imunológico.

A recomendação é que a adoção de jejuns seja precedida de orientação médica e aconselhamento adequado.

Veja na galeria melhores dietas para a saúde em 2021 indicadas por especialistas reunidos pelo U.S. News & World Report:

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<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Vigilantes do Peso </b> – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
<b>Dieta Mayo Clinic –</b> Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias  devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
<b>Dieta MIND</b> Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com o quão bem seguiram as recomendações
<b>Dieta Mediterrânea –</b> Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta MIND Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com o quão bem seguiram as recomendações

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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

 

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