1 de 1 Foto mostra pote de batata frita acompanhado com um ketchup - Metrópoles
- Foto: Getty Images
Há momento em que o cérebro parece implorar por uma batata frita ou um prato cheio de gordura. De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas canadenses e publicada nessa segunda-feira (17/7) na revista PNAS, a vontade pode ter a ver com uma série de inflamações no cérebro que levam à fome compulsiva e ao desejo específico por opções gordurosas.
O estudo da Universidade de Newfoundland mostrou que inflamações no hipotálamo parecem estar ligadas ao problema e, para piorar, quanto mais gordura a pessoa consome, mais essa zona do cérebro se inflama e maior é o desejo por alimentos que geram um acúmulo de peso rápido, e, assim, cria-se o ciclo vicioso da obesidade.
A pesquisa, feita com ratos modificados com hormônios humanos, descobriu que o hipotálamo é alterado quando há inflamações no cérebro. Ele é responsável por secretar o hormônio concentrador de melanina (MCH), encarregado de aumentar a fome e reduzir o gasto energético. Esta substância é feita para o corpo se preparar para períodos de escassez e acumular energia, como um urso se preparando para hibernar.
10 imagens
1 de 10
Uma das principais queixas do ser humano, a gordura abdominal pode ser um grande fator de risco para diabetes e problemas no coração. Apesar de parecer algo difícil de resolver, com pequenas mudanças de hábito, a situação melhora e, de quebra, ainda ajuda a aumentar a saúde e a expectativa de vida
Getty Images
2 de 10
Realizar exercícios físicos, por exemplo, é um dos segredos para diminuir a quantidade de gordura na barriga e evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para viver e envelhecer melhor
Getty Images
3 de 10
Exercícios de alta intensidade e cardio ajudam a queimar as gorduras indesejadas no abdômen e melhoram o condicionamento físico. De acordo com estudo publicado na revista científica PLOS One, um minuto de exercícios intensos traz mudanças respiratórias e metabólicas equivalentes a fazer uma hora de atividade de baixa intensidade
Getty Images
4 de 10
Evitar o consumo de álcool também pode fazer toda a diferença para quem deseja perder aquela barriguinha. Segundo especialistas, o indicado é ingerir álcool de forma controlada, já que o exagero é um dos fatores causadores do acúmulo de gordura visceral
Getty Images
5 de 10
Não é de hoje a afirmação que dormir bem é essencial para o emagrecimento. Desta vez, no entanto, a afirmativa foi publicada na revista médica JAMA Network. No estudo, cientistas alegam que melhorar a duração adequada do sono pode reduzir o peso e evitar problemas relacionados ao sobrepeso
Getty Images
6 de 10
Beber mais água é uma boa estratégia para ajudar quem está querendo diminuir a circunferência da barriga. E não apenas porque a água não tem calorias e ajuda a manter o estômago cheio, mas também porque ela colabora para o funcionamento do metabolismo e o processo de queima de calorias
Getty Images
7 de 10
Quem deseja perder gordura abdominal também deve diminuir o consumo de açúcar, pois quando ingerido em excesso, vira gordura armazenada na região. Manter uma alimentação balanceada, portanto, é importante para acelerar o metabolismo e favorecer a queima de gordura acumulada no órgão
Getty Images
8 de 10
Alimentar-se com fibras também é importante para queimar a gordura na região da barriga. Isso porque uma dieta rica em fibras ajuda o intestino a funcionar melhor, diminuindo, dessa forma, o inchaço na região
Getty Images
9 de 10Getty Images
10 de 10
De acordo com especialistas, o controle do estresse é outro ponto de muita importância para a perda da gordura corporal. Isso porque o estresse pode ser um gatilho para a compulsão alimentar, além de atrapalhar o sono. Atividades como caminhadas, meditação, esportivas ou leituras podem ajudar no controle do problema
Getty Images
Interação perigosa cria desejo por gordura
Segundo os pesquisadores, quando comemos alimentos gordurosos, eles criam pré-inflamações que ativam níveis pequenos de prostaglandina-E2, substância que, entre outras funções, combate os processos inflamatórios. Mesmo em pequenas quantidades, ao chegar ao hipotálamo, ela leva a uma ativação do MCH.
Ou seja, é como se o corpo se sentisse doente e por isso ativa o módulo de acúmulo de energia. Mas com o hormônio circulando, há mais desejo por gordura e, consequentemente, vai se formando uma cadeia de ganho de peso.
Os cientistas recomendam que se adote dietas anti-inflamatórias para diminuir esta interação entre as substâncias do cérebro — ambas desempenham múltiplas funções no corpo e não poderiam ser apenas eliminadas para o emagrecimento.
O mesmo grupo de cientistas já havia publicado, em fevereiro, na revista Obesity, um estudo que mostrava como as pessoas obesas têm dificuldade de equilibrar os níveis de colesterol, o que leva a uma resistência na perda de peso.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.