Infectologista viraliza ao dar conselhos sobre infecções sexualmente transmissíveis
Médico conscientiza o público sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e apresenta 5 dicas essenciais para evitá-las
atualizado
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Embora as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) sejam um assunto sério, um médico encontrou no bom humor a ferramenta ideal para fazer com que o debate chegasse a mais pessoas.
Desde setembro do ano passado, o infectologista Ricardo Kores, de Uberlândia (MG), tem feito vídeos para divulgar a importância de prevenir as ISTs pensando no público jovem que usa as redes sociais.
“A classe médica precisa se adaptar à linguagem dos jovens, para atingí-los de forma respeitosa, e de uma maneira que os apoie na prevenção das ISTs. O jovem é quem mais está precisando de informações e merece nossa atenção e esforço para falar a língua deles”, afirma Kores.
Em seus vídeos, o médico usa vários doces, brinquedos sexuais, comidas e até fantasias para apresentar as estratégias de prevenção e os comportamentos de risco. Em um de seus vídeos mais populares, com mais de 8 milhões de visualizações, ele usa um pirulito grande e uma rosquinha para mostrar que insistir no sexo pode causar lesões íntimas.
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Ele conta que é preciso sempre explicar ao público o que são os comportamentos de risco e ensinar o que poderia parecer banal, como a forma correta de se colocar uma camisinha masculina. “Todas as dúvidas devem ser levadas a sério”, defende.
“Já vi pacientes consideram que o sexo oral e anal não são sexo. Há quem considere só a penetração vaginal como algo importante e não se previne em outras ocasiões. Por mais que pareça uma coisa esdrúxula, há quem creia e só conseguiu tirar a dúvida através do acolhimento e do respeito”, completa ele.
Prevenção de ISTs descomplicada
Em entrevista ao Metrópoles, o infectologista aponta cinco estratégias essenciais para a prevenção. Os pontos mais fundamentais são:
- A testagem frequente de ISTs;
- O uso do preservativo;
- O uso de medicação que previne o HIV (a PrEP antes das relações sexuais e a PEP, quando é feita depois);
- O tratamento de infecções de forma precoce, assim que as diagnosticar;
- A manutenção de um cartão de vacinas atualizado, com a prevenção do HPV, hepatites e outras doenças.
“Quando a gente pensa em estratégias mais fundamentais para se prevenir uma IST, eu uso a imagem de um leque: está tudo combinado e conectado. Se você abre pouco o leque, vai ventar pouco. Quanto mais abas de prevenção você adiciona, mais poder você tem de prevenção”, conclui o médico.
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