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Infecção por Ômicron não garante imunidade duradoura, mostra estudo

Pesquisa feita pelo Imperial College London, na Inglaterra, mostrou que a variante consegue driblar a imunidade oferecida pelas vacinas

atualizado

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Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles - Foto: Getty Images

Quando a variante Ômicron do coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, cientistas acreditavam que os pacientes poderiam ter sua resposta imunológica aumentada contra novas infecções, assim como ocorreu com as cepas anteriores. No entanto, os casos de pessoas que adoeceram novamente em curto período de tempo se tornaram recorrentes.

Estudo realizado por pesquisadores do Imperial College London, na Inglaterra, publicado na terça-feira (14/6), mostra que a Ômicron tem maior escape contra as vacinas do que as variantes anteriores e deixa poucas marcas na memória no sistema imunológico.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

Morsa Images/ Getty Images
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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

Morsa Images/ Getty Images
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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

NIAID/Flickr
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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

Callista Images/Getty Images
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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos

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O estudo contou com a participação de 731 profissionais de saúde do Reino Unido, todos vacinados com três doses.

Entre os que não tinham histórico de doença anterior, a infecção por Ômicron aumentou a resposta imunológica contra outras variantes – Alfa, Beta, Gamma, Delta e a cepa original do vírus. No entanto, a proteção contra a reinfecção por Ômicron foi baixa.

Não foi observado reforço na imunidade para os infectados durante a primeira onda da pandemia e novamente com a Ômicron.

Evasor imunológico

Os pesquisadores observaram que independentemente do histórico de infecção dos pacientes, algumas semanas após a terceira dose da vacina contra Covid-19 os níveis de células T que atuavam contra proteínas da Ômicron eram baixos e os níveis de anticorpos eram mais baixos contra a variante em comparação com as em circulação anteriormente.

“Descobrimos que a Ômicron está longe de ser um impulsionador natural benigno da imunidade da vacina, como poderíamos ter pensado, mas é um evasor imunológico”, disse o autor do estudo, Danny Altmann, ao portal de notícias do Imperial College.

“Não só pode romper as defesas da vacina, mas parece deixar poucas das marcas que esperávamos no sistema imunológico. É mais furtiva do que as variantes anteriores e se espalha sob o radar. O sistema imunológico é incapaz de se lembrar dela”, continuou Altmann.

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