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Infecção pelo coronavírus eleva risco de lesões cerebrais, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, avaliaram dados de milhões de americanos para entender os impactos da Covid no cérebro

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Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça
1 de 1 Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça - Foto: Carol Yepes/Getty Images

As pessoas recuperadas da Covid-19 correm maior risco de sofrer lesões cerebrais nos 12 meses seguintes à infecção do coronavírus, em comparação com aquelas que não tiveram a doença. Os principais problemas relatados foram perda de memória, dor de cabeça, ansiedade, depressão e tremores.

As novas descobertas sobre a Covid longa foram feitas em um grande estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, publicado nessa quinta-feira (22/9), na revista Nature Medicine. O estudo se destaca por incluir dados de hospitalizados e não hospitalizados coletados por mais de seis meses.

Ao longo de um ano, os cientistas avaliaram a saúde do cérebro de milhões de veteranos das forças armadas norte-americanas a partir de registros médicos. Cerca de 154 mil tinham testes positivos para a Covid-19 entre março de 2020 e janeiro de 2021; 5,6 milhões de participantes não foram infectados no mesmo período; e outras 5,8 milhões de pessoas, incluídas no estudo como grupo controle, tiveram os dados anteriores à chegada do coronavírus nos EUA analisados.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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Os pacientes recuperados da Covid-19 apresentaram 77% mais risco de desenvolver problemas de memória, conhecido como névoa cerebral, em relação aos outros grupos.

Além disso, a Covid-19 foi relacionada ao aumento de 50% do risco de um acidente vascular cerebral isquêmico causado por coágulos sanguíneos, em comparação com o grupo não infectado.

Quando os dados foram confrontados com o grupo controle, os pacientes recuperados da Covid-19 no último ano foram 80% mais propensos a terem convulsões; 43% mais sujeitos a sofrerem problemas de saúde mental, como ansiedade ou depressão; 35% mais propensos a ter dores de cabeça e 42% mais propensos a sofrer distúrbios de movimento, como tremores. (Com informações da Agência Reuters)

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