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Infecção causada por novo parasita assusta cientistas brasileiros

Mutação similar ao protozoário da leishmaniose foi identificada em setembro. Especialistas apontam gravidade “acima da esperada”

atualizado

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Kateryna Kon/Science Photo Library/GettyImages
Leishmaniose, protozoário
1 de 1 Leishmaniose, protozoário - Foto: Kateryna Kon/Science Photo Library/GettyImages

Em setembro, cientistas brasileiros identificaram um novo protozoário, uma mutação dos micro-organismos da família Crithidia, que seria responsável por uma doença muito parecida à leishmaniose visceral.

Ainda não se sabe muito sobre o protozoário, que deve receber o nome de Cridia sergipensis, mas especialistas estão preocupados com a gravidade da infecção causada por ele.

O maior foco do parasita é, por enquanto, em Sergipe. O estado tem a mais alta taxa de mortalidade por leishmaniose do país. Casos suspeitos desde 2011 estão sendo analisados pelos cientistas e 150 amostras do Hospital Universitário (HU) de Aracaju serão revistas. Até agora, 58 já foram analisadas e a presença do protozoário foi identificada, sozinho ou acompanhado da Leishmania infantum, em 34 delas – destes, pelo menos dois pacientes morreram.

“É certo que a gente tem notado um aumento na gravidade, de mortalidade, mas a gente não sabe qual a participação desse parasita nisso. A gente só sabe que ele existe e está contaminando pessoas. O resto estamos pesquisando, ciência só pode cravar com provas”, afirma Roque Almeida, imunologista e chefe do Laboratório de Biologia Molecular do HU, em entrevista ao Uol.

Três pessoas estão sendo tratadas atualmente com suspeita da infecção pelo parasita, todas em estado grave. “Um caso é de uma criança que tratou, mas teve recidiva e está abarrotada de parasita na medula. A gente não vê essas coisas com frequência, e nos preocupa porque começamos a ter casos graves”, explica o pesquisador.

A infecção pelo novo parasita não tem sintomas claros e específicos e, por isso, ainda pode ser confundida com a leishmaniose. O Cridia sergipensis é, possivelmente, uma mutação do protozoário Crithidia faticulada, que é da mesma família do Leishmania infantum, responsável pela leishmaniose, e do Tryopanosoma cruzi, da Doença de Chagas, e não transmite a doença para o ser humano, apenas insetos e plantas.

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