Inca estima 625 mil novos casos de câncer ao ano no país até 2022
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o tipo mais prevalente entre a população será o de mama feminina, com 66.280 casos anuais
atualizado
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 625 mil pessoas vão ter câncer por ano no Brasil no triênio 2020 a 2022. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (04/02/2020), Dia Nacional do Câncer, em entrevista coletiva, no Rio de Janeiro. Em 2018/2019, o número era de 582.590 casos.
O câncer mais prevalente entre a população será o de mama feminina, com 66.280 casos anuais, seguido pelo câncer de próstata, com 65.840 diagnósticos. Esta é a primeira vez que o câncer feminino ultrapassa o masculino — na estimativa passada, de 2018 e 2019, eram 68.220 mil cânceres de próstata e 59.700 de mama.
O câncer de cólon e reto será o segundo mais prevalente entre homens e mulheres, com 20.520 casos em homens e 20.470 em mulheres. Câncer de traqueia, brônquio e pulmão (17.760), estômago (13.360) e cavidade oral (11.180) fecham as cinco neoplasias mais comuns em homens. Colo de útero (16.590), traqueia, brônquio e pulmão (12.440) e glândula tireoide (11.950) completam o ranking feminino.
O câncer de colo de útero e de estômago, segundo Marceli Santos, do departamento de Divisão de Vigilância e Análise da Situação do INCA, são mais comuns em áreas com menor desenvolvimento sócio-econômico, enquanto os de próstata e mama são típicos de regiões mais desenvolvidas.
No Distrito Federal, são esperados 8.820 casos de câncer por ano, e os três mais prevalentes entre homens serão próstata, cólon e reto e pulmão. No grupo feminino, o câncer de mama, colo de útero, e cólon e reto serão os mais comuns.
Segundo Ana Cristina Pinho, diretora-geral do Inca, o Brasil tem avançado no diagnóstico e tratamento da doença. “A mortalidade do câncer vem diminuindo e a estimativa ratifica a importância do Sistema Único de Saúde no combate à doença. O SUS fez a diferença nesse processo”, afirma.
Ela explica que a importância da publicação é guiar a ação de profissionais de saúde, governantes e todos os setores da sociedade que lidam com a neoplasia. “Esta é uma informação qualificada que servirá para planejar ações de maior prazo. É um retrato fidedigno da nossa realidade.”