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Imunização infantil: BCG é única vacina que alcançou a meta para 2022

De acordo com a Fiocruz, o imunizante BCG foi o único do calendário de vacinação infantil a bater a meta de cobertura estipulada para 2022

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Foto de uma agulha com vacina
1 de 1 Foto de uma agulha com vacina - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde revelou, nesta quarta (7/12), dados preliminares sobre a situação da cobertura vacinal de 2022. De acordo com as informações, apenas a BCG atingiu a meta esperada para este ano, imunizando 90% de todos os bebês com menos de 1 ano.

Mesmo assim, a situação em relação à vacina é preocupante: de acordo com o PNI, as regiões Sul e Sudeste não atingiram a meta. A injeção, famosa por deixar uma marca no braço, previne formas graves de tuberculose e é muito importante para a saúde nos primeiros anos de vida.

O cenário é ainda mais grave entre as vacinas aplicadas após o aniversário de um ano, como a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (que inclui a primeira dose da varicela, além de sarampo, caxumba e rubéola) e hepatite A. Segundo o Observa Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da Unifase, a cobertura dessas vacinas é de menos de 50% da população-alvo.

Coberturas longe da meta

A menor cobertura é para a tríplice viral, aplicada a partir dos 12 meses de idade. Segundo os dados disponíveis até novembro, duas a cada três crianças no Brasil não completaram a imunização contra sarampo, caxumba e rubéola ao longo do segundo ano de vida.

A cobertura nacional contra DTP (difteria, tétano e coqueluche), poliomielite, PCV (pneumocócica), MenC (meningite C), hepatite B e Hib (Haemophilus influenzae tipo B) ficou acima de 70%. O número é bom, mas ainda está longe da meta de 95%.

Se por um lado a vacinação com a BCG cumpriu a meta, por outro, a imunização contra a febre amarela só chegou a 55% da população-alvo. O objetivo era de 100%.

Tendência de queda na vacinação infantil

Para a coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, os dados preliminares de 2022 indicam que a tendência de queda na cobertura das vacinas do calendário infantil se manteve.

“O ano de 2022 não é um caso isolado. Ao longo da última década, o que vemos é um cenário de queda constante nas taxas de vacinação. É possível que alguns municípios ainda alcancem a meta para algumas vacinas, já que os dados ainda estão incompletos, mas no cenário nacional dificilmente veremos uma mudança tão abrupta, ainda mais se considerarmos a tendência dos últimos anos”, afirma.

Situação nas UFs

Assim como no cenário nacional, a cobertura da BCG é a melhor entre todas as vacinas do calendário infantil em cada uma das 27 Unidades Federativas do Brasil.

Até 28 de novembro, 16 UFs registravam vacinação acima da meta de 90%: Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

No entanto, todos os estados registram cobertura abaixo da meta para os demais imunizantes do calendário básico previsto até os dois anos de idade – com exceção do Mato Grosso do Sul, que atingiu a meta de 95% de cobertura da PCV (pneumocócica). Amazonas, Tocantins e Distrito Federal têm cobertura acima de 90% também para a PCV, próxima da meta estabelecida.

Além da BCG e da PCV, somente a vacina MenC registra vacinação próxima da meta em algum estado: Mato Grosso do Sul e Distrito Federal têm coberturas superiores a 90% para a vacina que protege contra o tipo de meningite bacteriana mais frequente no Brasil.

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