Índice racista? Entenda por que o IMC está no centro de uma polêmica
A Associação Médica Americana (AMA) considera o IMC uma medida ultrapassada e racista para medir o quão saudável uma pessoa é
atualizado
Compartilhar notícia
A Associação Médica Americana (AMA), uma importante organização dos Estados Unidos, está pedindo que profissionais de saúde abandonem o índice de massa corporal (IMC) como principal medida para definir se uma pessoa está com o peso saudável.
Um dos argumentos, de acordo com os especialistas da instituição, é que o cálculo do IMC é racista, uma vez que foi definido com base nos corpos de populações brancas e não leva em consideração as diferenças na composição corporal de pessoas de diferentes etnias.
O IMC é uma medida internacional criada no século 19 pelo matemático Lambert Quételet, e usada por nutricionistas para calcular se uma pessoa está com peso considerado saudável, com risco de sobrepeso, obesidade ou abaixo do peso. O cálculo é feito com a divisão do peso pela altura ao quadrado.
Mas ele não leva em consideração, por exemplo, que as mulheres negras tendem a ter uma reserva maior de gordura ao redor dos quadris e pernas, enquanto as brancas acumulam mais na barriga, representando maior risco à saúde.
“A forma relativa do corpo e a heterogeneidade da composição entre raças e grupos étnicos, sexos, gêneros e faixa etária são essenciais para se considerar ao aplicar o IMC como uma medida de adiposidade”, diz a nova política de recomendações da AMA, apresentada na reunião anual da AMA de 2023 em Chicago, realizada entre 9 e 14 de junho.
Classificação do IMC
No atual modelo, o resultado do cálculo do IMC considera:
- Magreza grave: menor que 16;
- Magreza moderada: 16 a menor que 17;
- Magreza leve: 17 a menor que 18,5;
- Saudável: 18,5 a menor que 25;
- Sobrepeso: 25 a menor que 30;
- Obesidade grau 1: 30 a menor que 35;
- Obesidade severa: 35 a menor que 40;
- Obesidade grau 3: maior que 40.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.