Imagens ampliadas mostram ação do coronavírus ao infectar células
O registro revela o prolongamento de membranas que ligam as células, uma das estratégias do vírus para ampliar a infecção
atualizado
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Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), registraram imagens do momento exato em que o novo coronavírus infecta células.
O estudo foi realizado com células Vero, derivadas de rim de macaco. As imagens foram ampliadas 200 mil vezes e registradas por meio de um microscópio de alta resolução de feixe triplo de íons. Elas foram divulgadas nessa quinta-feira (1º/10).
O registro mostra diversos prolongamentos de membrana das células, causados por alterações do citoesqueleto celular, resultado da infecção do novo coronavírus, formando conexões com células vizinhas. Essas extensões são chamadas de filopódio e podem ser uma das estratégias do vírus para ampliar a infecção. É possível perceber um grande volume de partículas virais sobre elas.
“Os prolongamentos de membrana participam do processo de liberação das partículas virais, que se replicam no interior das células infectadas. Além disso, promovem comunicação intercelular, que acreditamos estar relacionada com a transferência de partículas virais para as células adjacentes, maximizando, assim, o processo de infecção”, detalhou a pesquisadora Debora Ferreira Barreto Vieira, do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC/Fiocruz, coordenadora da pesquisa, à agência Fiocruz.
Ela explica que poucos vírus causam esse tipo de alteração em células, como ebola e Marburg. “O processo que leva as células a ter esse tipo de alteração na infecção pelo Sars-CoV-2 é uma questão que ainda está em aberto e que queremos investigar”, disse .
(Com informações da Agência Fiocruz)