Idosos que levantam peso têm menor perda de massa muscular, diz estudo
Pesquisa dinamarquesa mostra que exercícios de hipertrofia fortalecem as conexões entre nervos e músculos em qualquer idade
atualizado
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Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriu que os idosos que se exercitam levantando peso conseguem retardar significativamente a perda da massa muscular. Ela é importante para manter o corpo firme e em movimento.
As novas evidências, publicadas no American Journal of Physiology – Cell Physiology em julho deste ano, mostram que os exercícios de hipertrofia são capazes de fortalecer as conexões entre nervos e músculos, protegendo os neurônios motores da medula espinhal em qualquer idade.
A perda de massa muscular é um processo natural, que começa antes dos 40 anos. Uma das explicações para este processo é a redução das fibras musculares devido à quebra dos neurônios motores.
O estudo contou com a participação de 58 homens saudáveis com idade média de 72 anos. Desses, 38 foram incluídos em um programa de treinamento intenso de levantamento de peso três vezes por semana por dois meses, com leg press, extensões de perna, flexão de perna e dois exercícios de braço. Os demais voluntários integraram o grupo controle e não fizeram musculação.
Ao final dois primeiros meses, os idosos que se exercitavam tinham músculos maiores e melhor condicionamento físico. Biópsias musculares mostraram alterações detectáveis nos biomarcadores relacionados à estabilidade das junções entre neurônios e músculos. Os exercícios com peso também foram relacionados à redução das queixas de dores nos joelhos e pontadas nas costas.
Embora o estudo tenha sido feito apenas com homens, as mulheres também se beneficiam com a prática de exercícios físicos. De acordo com os pesquisadores, quanto mais cedo se inicia a prática de exercícios físicos, melhores são os ganhos para a saúde no futuro. Eles destacam que o declínio da massa muscular não pode ser interrompido, mas agora se sabe que ele pode ser desacelerado.
“A pesquisa mostra que, embora você comece tarde na vida, a musculação ainda pode fazer a diferença”, escreveu o fisiologista do exercício e autor do estudo Casper Søndenbroe.
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