1 de 1 Animal de estimação: Idosa com animal cachorro
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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostra que os benefícios de ter um animal de estimação vão além da redução do estresse e da diminuição da pressão arterial. A relação homem-animal tem também um papel importante para a proteção da capacidade cognitiva de idosos.
Os cientistas analisaram dados de 1.369 pessoas com idade média de 65 anos registrados no Health and Retirement Study, uma pesquisa longitudinal norte-americana. Os participantes apresentavam habilidades cognitivas normais no início da pesquisa. Ao todo, 53% declararam ter animais de estimação, sendo que 32% eram donos de pets por cinco anos ou mais.
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros
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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem
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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil
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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas
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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência
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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência
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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo
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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência
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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas
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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização
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Com a ajuda de testes cognitivos – exercícios de memória com palavras, de subtração e contagem numérica – os cientistas estipularam uma pontuação para cada participante, variando de zero a 27. O resultado foi usado para fazer uma associação entre a função cognitiva e o tempo que os participantes cuidavam de seus animais de estimação.
Ao longo de seis anos, observou-se que a pontuação da função cognitiva dos idosos com animais de estimação diminui em um ritmo mais lento em comparação aos que não possuíam pets. Os que cuidavam de animais há mais tempo foram os mais beneficiados, com uma pontuação até 1,2 maior do que os demais.
“Um animal de companhia pode aumentar a atividade física, o que pode beneficiar a saúde cognitiva. Dito isso, mais pesquisas são necessárias para confirmar nossos resultados e identificar os mecanismos subjacentes a essa associação”, disse a autora do estudo, Tiffany Braley, pesquisadora do Centro Médico da Universidade de Michigan, no documento da pesquisa.
Os dados do estudo ainda precisam ser revisados por pares para a publicação em uma revista científica. Eles serão apresentados em abril na reunião anual da Academia Americana de Neurologia.
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