Idoso é primeiro homem negro a fazer transplante total de rosto
Caso aconteceu nos Estados Unidos e é considerado um marco, devido ao baixo número de doadores de órgãos negros no país
atualizado
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O primeiro homem negro a receber um transplante total de rosto se chama Robert Chelsea, de 68 anos. A cirurgia aconteceu nos Estados Unidos, na cidade de Boston, e teve mais de 16 horas de duração. Ao todo, 45 profissionais trabalharam no procedimento.
Chelsea teve 60% do corpo queimado devido a um acidente de carro, em 2013. Um homem embriagado colidiu contra o veículo conduzido pelo idoso em uma estrada de Los Angeles, também no país norte-americano, e levou a vítima a ficar um ano e meio internado no Hospital Brigham and Women’s.
O paciente foi submetido a 30 cirurgias, mas, infelizmente, lábios, orelhas e nariz não puderem ser reconstituídos. Foi aí que a equipe médica começou a considerar a opção de transplante de rosto. O próximo passo seria encontrar um órgão compatível com Chelsea, o que seria bastante complicado uma vez que apenas 14% dos doadores nos Estados Unidos são negros.
A cirurgia foi um sucesso. Por meio de nota, o hospital divulgou um comunicado feito pelo paciente, que expressou gratidão por ter conseguido a cirurgia, após mais de um ano de espera. “Que Deus abençoe o doador e sua família que escolheram entregar esse presente precioso e me dar uma segunda chance. Palavras não podem descrever como me sinto. Estou extremamente grato e me sinto muito abençoado por receber um presente tão incrível”, disse Chelsea, no documento divulgado à imprensa.
Bohdan Pomahac, médico à frente do caso, também se pronunciou, com orgulho, sobre a cirurgia. Ele foi o primeiro profissional a realizar um transplante total de rosto nos Estados Unidos. “Apesar de ser o paciente de transplante total de rosto mais velho já registrado, Robert está progredindo e se recuperando muito rápido. Estamos ansiosos para acompanhar a melhora de vida significativa que esse procedimento trará para ele”, celebrou o cirurgião plástico.
Segundo o corpo médico, Chelsea pode recuperar até 60% das funções faciais, como sorrir e falar normalmente.