Síndrome metabólica: médico lista os sintomas mais comuns de diabetes
A demora no diagnóstico da diabetes pode expor pacientes a enfermidades cardiovasculares graves. Exames de sangue confirmam condição
atualizado
Compartilhar notícia
O Dia Nacional da Diabetes é lembrado nesta segunda-feira (26/6) — a data foi criada pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a prevenção da doença. Ao menos 13 milhões de pessoas no Brasil vivem com a condição, mas os números provavelmente são ainda maiores.
O cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, aponta que a maioria das pessoas só percebe os sinais da doença quando ela já está ativa no organismo. Isso expõe o indíviduo ao risco de desenvolver enfermidades cardiovasculares.
Por isso, Costa pede que as pessoas tenham atenção aos primeiros sinais da doença. “Os sintomas clínicos mais comuns são aumento da vontade de urinar e de beber água, infecções urinárias repetidas, aumento do apetite, irritabilidade, dificuldade de concentração, cansaço e sonolência após refeições”, cita.
Além desses fenômenos, o especialista menciona as manchas escuras, com textura grossa e aveludada, que geralmente aparecem no pescoço, axilas e mãos. O surgimento das marcas geralmente leva o paciente a procurar um dermatologista, mas pode estar associado a condições diabéticas.
O que é a diabetes?
A diabetes é uma síndrome metabólica resultante da falta ou atividade inadequada da insulina produzida pelo pâncreas. Sem o hormônio, a principal consequência é a alta concentração de açúcar no sangue — a substância em excesso não consegue ser toda transformada em energia, levando aos sintomas da doença.
Para tratá-la, é preciso fazer uma regulação dos níveis de glicose no organismo de forma artificial usando remédios e monitorando os níveis de açúcar do sangue. Tanto a prevenção da diabetes quanto o tratamento rigoroso com acompanhamento médico periódico são fundamentais, ressalta Costa.
“Quem tem diabetes nunca deverá esquecer que possui a condição. É preciso usar os medicamentos corretamente e rever hábitos cotidianos, procurando manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente”, afirma.
Entre os principais fatores de risco para a doença estão a obesidade e o aumento da circunferência abdominal, já que ambos são responsáveis pela resistência à insulina que leva ao aumento do risco de desenvolvimento da diabetes.
A recomendação do cardiologista é incluir a investigação da diabetes na lista principal dos exames de check-up anual, especialmente para quem possui histórico familiar da doença.
Os principais tipos de diabetes
Diabetes tipo 1: ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Isso leva à chamada glicotoxicidade, que pode causar sintomas como sonolência, mal-estar e irritabilidade.
A diabetes tipo 1 geralmente se desenvolve na infância ou adolescência, e as pessoas afetadas dependem de aplicações diárias de insulina sintética ao longo da vida. É mais comum em indivíduos brancos e em famílias com histórico da doença, e está frequentemente associada a defeitos genéticos.
Diabetes tipo 2: nesse caso, o organismo vai se tornando resistente à insulina devido a falhas nos receptores das células que respondem a esse hormônio, geralmente causadas pelo estilo de vida. Isso significa que, mesmo que o pâncreas seja capaz de produzir insulina, ela não é utilizada eficientemente pelo corpo e se acumula. Conforme a doença progride, o pâncreas pode falhar, tornando o paciente dependente de insulina.
Diabetes gestacional: ocorre durante a gravidez, muitas vezes devido ao aumento de peso da gestante. É reversível quando tratada adequadamente.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.