Quer evitar a demência? Saiba com que idade você deve parar de beber
Novo livro do célebre neurologista Richard Restak aponta que há uma idade limite para deixar de beber para evitar a demência
atualizado
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Há algumas décadas, a ciência vem apontando conexões entre o desenvolvimento de demência e o uso prolongado de álcool. Após abandonar a bebida, o cérebro leva em média sete meses para se recuperar dos efeitos mais imediatos. Especialistas apontam, porém, que quem não quer correr riscos de demência precisa interromper completamente o uso da bebida ao chegar à terceira idade.
Impacto do álcool no cérebro
O célebre neurologista Richard Restak, autor de best-sellers que simplificam o funcionamento do cérebro ao público leigo, sugere que pessoas idosas não coloquem mais nenhuma gota de bebida na boca.
“Sugiro fortemente que se você tiver 65 anos ou mais elimine completa e permanentemente o álcool de sua dieta. Você pode estar correndo risco de ter demência e é melhor parar completamente”, explica o médico.
Segundo ele, à medida que as pessoas começam a envelhecer, o álcool passa a ter um efeito a longo prazo na saúde e no bem-estar, podendo causar quadros de demência leve ou até condições como a síndrome de Wernicke-Korsakoff.
Síndrome de Wernicke-Korsakoff
A síndrome de Wernicke-Korsakoff é causada pela falta de vitamina B1 no organismo. Ela gera um estado de confusão aguda e permanente (encefalopatia de Wernicke) combinada com um tipo de amnésia de longo prazo denominada síndrome de Korsakoff.
Pessoas acometidas pela condição têm dificuldade de coordenar movimentos (inclusive dos olhos) e vivem em estado de desconexão com a realidade.
O abuso das bebidas é o maior causador da deficiência da vitamina B1 no organismo. A substância regula o apetite e auxilia a manutenção das funções do cérebro e do coração. Ela é encontrada em proteínas de origem animal e vegetal, além de alguns cereais.
“As pessoas associam o álcool a melhores estados de humor ou de confiança em situações sociais, mas ele atinge diretamente o nosso cérebro. Independente da nossa idade, devemos reavaliar nossas relações com a bebida”, completa Restak.
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