Hungria vai comprar 2 milhões de doses da Sputnik V, vacina produzida no DF
País é o primeiro da União Europeia a adquirir o imunizante. Vacina da Oxford/AstraZeneca também recebeu autorização para uso emergencial
atualizado
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Um dia depois de o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) da Hungria anunciar que o país e os Emirados Árabes aprovaram o uso emergencial da vacina Sputnik V, o governo húngaro anunciou que comprará 2 milhões de doses do imunizante. A informação foi dada nessa sexta-feira (22/01) à agência Reuters pelo ministro de Relações Exteriores, Peter Szijjartó.
A Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, não é autorizada pelo regulador de medicamentos da União Europeia. Contudo, a legislação permite o uso de aprovações individuais em casos de emergências de saúde.
Por enquanto, não há data prevista para a chegada das doses. De acordo com Szijjartó, o primeiro lote imunizará 300 mil pessoas. Os próximos dois carregamentos da vacina serão suficientes para vacinar 500 mil e 200 mil pessoas.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deve informar sobre a decisão de autorizar ou não o uso da vacina de Oxford no bloco europeu na próxima sexta-feira (29/01). Nem a vacina russa ou o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca foram aprovadas para uso emergencial na União Europeia.
A autorização para uso de emergência da Sputnik V vale somente para a Hungria. Com isso, o país não poderá distribuir as vacinas para outros países da União Europeia.
O Brasil também está na lista de países que esperam a autorização para uso emergencial da vacina russa contra o coronavírus. De acordo com os fabricantes do medicamento, o imunizante apresentou eficácia geral de 91,4%.
No dia 15 de janeiro, a farmacêutica brasileira União Química e o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF, sigla em inglês) protocolaram um pedido emergencial junto à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para utilização de 10 milhões de doses do imunizante Sputnik V no Brasil. Na época, os grupos fecharam um acordo para fornecimento ao Brasil de 10 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no 1º trimestre de 2021.
O pedido foi restituído por falta de documentação, segundo a Anvisa. Em 17 de janeiro, o Fundo informou que enviaria “em breve” os dados adicionais sobre a Sputnik V para buscar a aprovação do uso emergencial da vacina, que será produzida no DF.
Nessa quinta-feira (21/1), a Anvisa informou que uma nova reunião de caráter técnico deve ser realizada para avançar no processo da vacina Sputnik V contra a Covid-19. O encontro deve ser solicitado pela empresa e ainda não foi marcado, de acordo com a Anvisa.