Hungria e Emirados Árabes aprovam uso de vacina Sputnik V contra Covid-19
A Hungria se tornou o primeiro país da União Europeia a autorizar o uso emergencial do imunizante russo
atualizado
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O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) anunciou na manhã desta quinta-feira (21/1) que a Hungria e os Emirados Árabes aprovaram o uso emergencial da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya.
Com o aval do Instituto Nacional de Farmácia e Nutrição da Hungria (OGYÉI), o país se tornou o primeiro da União Europeia a permitir o uso da Sputnik V.
O registro no Ministério da Saúde e Prevenção dos Emirados Árabes Unidos (MOHAP) foi dado após a avaliação dos resultados dos ensaios clínicos de fase 3, com mais de 33 mil participantes, realizados na Rússia e dos testes locais em andamento, feitos com a supervisão do MOHAP e do Departamento de Saúde (DOH) de Abu Dhabi.
De acordo com o fundo russo, o estudo com mil voluntários de diversas nacionalidades iniciado em dezembro “abriu espaço para o registro da vacina sob autorização de uso emergencial”.
Durante uma conversa on-line com jornalistas, o CEO do RDIF, Kirill Dmitriev, destacou a importância dos governos seguirem o exemplo dos Emirados Árabes ao separar a política das questões de saúde pública e da vida das pessoas.
“Ficamos felizes que a vacina não está sendo misturada com a política. A decisão sobre ela se baseou apenas na sua segurança e eficácia. Os Emirados Árabes Unidos se tornaram um grande exemplo”, disse Kirill Dmitriev.
A fórmula desenvolvida na Rússia também tem autorização para uso na Bielo-Rússia, Sérvia, Argentina, Bolívia, Argélia, Palestina, Venezuela, Paraguai e Turcomenistão. Mais de 1,5 milhão de pessoas já foram vacinadas com a Sputnik V.
A Sputnik V é baseada em uma plataforma de vetores adenovirais humanos, que causam o resfriado comum. Os ensaios clínicos mostraram que ela tem 90% de eficácia.