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Ocitocina, o hormônio do amor, pode melhorar memória e aprendizado

Estudo feito no Japão oferece novas evidências sobre o potencial da ocitocina no tratamento do Alzheimer e outras formas de demência

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Um terço das pessoas que notam sinais da demência preferem não falar - Metrópoles - declínio cognitivo
1 de 1 Um terço das pessoas que notam sinais da demência preferem não falar - Metrópoles - declínio cognitivo - Foto: Alistair Berg/Getty Images

A ocitocina, conhecida como “hormônio do amor” devido ao seus efeitos positivos, também influencia no desempenho das funções cognitivas, como a aprendizagem e a memória.

Em um estudo recente publicado na revista PLOS One, pesquisadores da Universidade de Ciências de Tóquio, no Japão, afirmam ter dado um passo adiante para o entendimento dessa relação. Eles conseguiram mostrar como a ocitocina age na melhoria da memória.

O trabalho oferece novos insights sobre o potencial do hormônio no tratamento do Alzheimer e de outras formas de demência.

Estudos anteriores já mostraram evidências de que a demência tende a avançar mais rapidamente entre pessoas solitárias, mas pouco se sabe sobre os mecanismos que levam a isso.

“Nossa pesquisa busca elucidar o papel crucial de um ambiente estimulante que ativa a ocitocina no cérebro, potencialmente mitigando a progressão da demência”, explica o professor Akiyoshi Saitoh, líder do trabalho.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Hormônio na prevenção do Alzheimer

Em um experimento com ratos, os cientistas investigaram o papel da ocitocina na função cognitiva. Usando técnicas farmacogenéticas, eles ativaram os neurônios que produzem o hormônio em regiões específicas do cérebro ligadas à memória e aprendizado.

A função cognitiva dos animais foi avaliada usando a tarefa de reconhecimento de objetos (TRO). Nesse teste comportamental, se analisa a tendência natural do animal de explorar mais um objeto novo em comparação com um que ele já conhecia.

Os resultados mostraram um papel significativo do hormônio na regulação da memória – quando a produção era estimulada, os animais ficavam mais ativos e curiosos em relação aos objetos novos e menos propensos a explorar aqueles que já conheciam. A deficiência no hormônio, por outro lado, foi associada a um comportamento contrário.

“A exploração contínua deste campo abre caminho para tratamentos inovadores e intervenções farmacêuticas destinadas a travar o avanço da demência”, acredita Saitoh.

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