1 de 1 Foto colorida de casal se beijando
- Foto: Unsplash/Reprodução
O amor cativa as pessoas de um modo único. Mas por mais que pareça ser algo mais voltado para o sentimento, o “fogo” da paixão é comandado pela ocitocina, conhecido como hormônio do amor — mas além de aumentar a sensação de bem-estar e diminuir o estresse, ela também parece ter propriedades curativas, que ajudam inclusive na saúde do coração.
Em um estudo publicado na revista científica Frontiers in Cell and Developmental Biology, pesquisadores da Michigan State University, nos Estados Unidos, sugerem que o hormônio estimula as células do coração a se tornarem células-tronco, capazes de regenerar o órgão. A informação pode, no futuro, ser utilizada para estimular a recuperação do coração após um ataque cardíaco.
A ocitocina é conhecida por promover vínculos sociais e gerar sentimentos prazerosos, e é liberada quando se vê uma obra de arte, realiza um exercício ou faz sexo. No entanto, o hormônio tem muitas outras funções, como a regulação da lactação e das contrações uterinas nas mulheres e a produção de testosterona nos homens.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
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Os cientistas utilizaram peixes-zebra e culturas de células humanas para entender um pouco melhor a atuação da ocitocina no organismo. O peixe foi escolhido por ter uma capacidade alta de regeneração de órgãos e tecidos, incluindo o cérebro, coração, ossos e pele.
Os corações dos animais sofreram lesões por congelamento durante três dias, e os pesquisadores observaram um aumento na expressão do RNA mensageiro para a ocitocina de até 20 vezes. Eles mostraram ainda que o hormônio viajou diretamente para os músculos cardíacos e induziu o desenvolvimento de células importantes para a regeneração do órgão, criando até vasos sanguíneos.
“No artigo, mostramos que a ocitocina é capaz de ativar mecanismos de reparo cardíaco em corações feridos em peixes-zebra e culturas de células humanas, abrindo as portas para novas terapias potenciais para a regeneração de corações humanos”, afirma o principal autor do estudo, Aitor Aguirre.
Os cientistas observaram um efeito semelhante no tecido humano in vitro. A ocitocina estimulou a produção de células progenitoras derivadas do epicárdio, a camada de tecido conjuntivo que recobre as superfícies externas do coração. Por mais que o hormônio seja amplamente utilizado na medicina em outras situações, os autores acreditam que, no futuro, ele também pode ser administrado para tratar doenças cardíacas.
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