Horário das refeições influencia risco de doença cardíaca, diz estudo
Nova pesquisa indica que o horário em que fazemos as refeições está diretamente associado ao aumento do risco de doenças cardíacas
atualizado
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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e os hábitos alimentares estão diretamente vinculados ao aumento do risco de desenvolver condições como AVC e pressão alta. Não é apenas o que colocamos no prato, porém, que nos torna mais vulneráveis: o horário que fazemos as refeições também influencia no prognóstico.
Segundo os epidemiologistas franceses da Universidade de Sorbonne, jantar antes das 20h e tomar o café da manhã logo ao acordar é o melhor plano para manter a saúde. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (14/12) na revista Nature.
O estudo foi feito com 103 mil voluntários com idade média de 42 anos — 79% das participantes eram mulheres. Foram comparados os hábitos de alimentação de pessoas com idades, sexo, ciclos de sono, ingestão calórica diária e estilos de vida semelhantes, e os cientistas retiraram alguns fatores para evitar viés nos resultados.
O risco aumentado pelo horário, mas quanto?
Os resultados mostram que ao saltar o café da manhã, há um risco progressivo de doença cardiovascular. Os cientistas criaram uma fórmula que estima em cerca de 6% de aumento nas chances de ter a condição por hora de atraso ao fazer a primeira refeição do dia. Quem acorda às 8h, mas come pela primeira vez apenas às 10h, por exemplo, teria cerca de 12% mais risco de ter a doença.
Fazer a última refeição do dia depois das 21h foi associado a um aumento de 28% no risco de doença cerebrovascular, especialmente de acidente vascular cerebral (AVC), em comparação com participantes que jantam antes das 20h.
Uma maior duração do jejum noturno –a diferença de horário entre a última refeição do dia e a primeira do dia seguinte– foi associado a um risco reduzido de doença cerebrovascular. Cada hora sem comer à noite foi associada a um risco 7% menor de doença cerebrovascular, mas não diminuiu o risco geral de doenças cardíacas.
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