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Homens com ginecomastia têm risco maior de morte antes dos 75 anos

Estudo mostrou que homens com desenvolvimento da glândula mamária têm até 37% mais chances de morrer antes dos 75 anos

atualizado

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Foto mostra homem cobrindo o peito com a mão - Metrópoles - ginecomastia
1 de 1 Foto mostra homem cobrindo o peito com a mão - Metrópoles - ginecomastia - Foto: Getty Images

Um estudo feito por pesquisadores dinamarqueses publicado nessa terça-feira (16/1) revelou que homens com tecido mamário aumentado (condição conhecida como ginecomastia) têm maiores chances de morrer antes dos 75 anos.

Os dados encontrados pelos especialistas em reprodução e saúde pública da Universidade de Copenhagem indicam que há, em média, 37% mais chances de um homem com a condição morrer antes dessa idade. Isso sugere que a ginecomastia poderia ser um fator de risco para doenças circulatórias, intestinais, pulmonares e câncer.

Ginecomastia

Uma possível explicação é que o aumento do tecido mamário nos homens, como enfrentado pelo ex-BBB Eliezer, é geralmente causado por um desequilíbrio hormonal que pode contribuir para o avanço dessas doenças.

A ginecomastia afeta cerca de um terço dos homens e ocorre em geral na puberdade ou na terceira idade, quando um desbalanço pode favorecer o aumento da produção de hormônios femininos que estimulam as mamas.

Pesquisas publicadas anteriormente já indicavam uma ligação entre a ginecomastia e um aumento do risco de problemas de saúde, mas este é o primeiro levantamento a avaliar o risco aumentado de morte pesquisando uma grande população de homens.

Foto mostra Eliezer nos preparativos da cirurgia plástica para corrigir uma ginecomastia - Metrópoles
Ex-BBB Eliezer faz cirurgia de correção da ginecomastia após crescimento das mamas

Como foi feito o estudo?

Os investigadores acompanharam os dados de saúde de 23.429 homens dinamarqueses que foram diagnosticados com ginecomastia entre 1995 e 2021. Metade deles tinha entre 19 e 40 anos quando o quadro foi identificado.

Cada um dos participantes foi comparado (considerando idade e data do diagnóstico) com cinco homens sem a doença selecionados aleatoriamente no sistema de dados, totalizando 140 mil indivíduos avaliados.

Todos foram monitorados desde a data de entrada no estudo até o óbito ou o final de junho de 2021, o que ocorresse primeiro. Ao todo, 12.676 (9%) homens morreram durante o período de monitoramento.

Foram 2,5 mil mortes entre os que tinham ginecomastia, em comparação com 10 mil óbitos entre os homens sem a condição. Os dados revelam um risco 37% maior de morte precoce.

Causa da ginecomastia teve papel crucial

Além disso, quando a ginecomastia tinha uma causa conhecida (como o uso de medicamento ou a consequência de desequilíbiro hormonal motivado por uma doença, caso de metade dos homens com a condição), as chances de morte eram 75% maiores que as de homens sem aumento das mamas.

A chance de morrer de doenças circulatórias foi 61% maior. Entre doenças pulmonares, o risco foi duas vezes maior e entre doenças intestinais chegou a cinco vezes mais.

Homens com ginecomastia idiopática (aquela sem causa conhecida), tiveram expectativa de vida semelhante à do grupo de referência, a não ser pelo dobro de chances de morte por doença hepática.

Como se trata de um estudo observacional, ou seja, medindo dados de saúde na população e não no laboratório, os investigadores não souberam explicar o que leva ao aumento de risco de morte na ginecomastia com causa conhecida.

Eles, no entanto, perceberam a presença da condição em pessoas que têm obesidade, foram expostas a esteróides, produtos químicos ou radiotivos.

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