metropoles.com

Homem testa positivo para Covid, HIV e varíola dos macacos

Italiano recebeu os três diagnósticos ao mesmo tempo em hospital universitário. Esse é o primeiro caso do tipo no mundo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
David Talukdar/Getty Images
Pessoa segurando fraco com adesivo com a palavra Monkeypox- Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando fraco com adesivo com a palavra Monkeypox- Metrópoles - Foto: David Talukdar/Getty Images

Um homem italiano de 36 anos é a primeira pessoa no mundo a testar positivo para os vírus monkeypox, HIV e coronavírus simultaneamente. De acordo com pesquisadores da universidade de Catania, na Itália, o diagnóstico ocorreu após ele retornar de uma viagem à Espanha. O paciente relatou que manteve relações sexuais sem proteção com homens.

O relato do caso foi publicado no Journal of Infection. O paciente apresentou febre, inflamação na garganta, dores de cabeça e uma íngua na virilha depois de retornar de uma viagem à Espanha, que foi realizada entre os dias 16 e 20/6. De acordo com a revista médica, o homem testou positivo para Covid-19 no dia 2 de julho, três dias após apresentar os primeiros sintomas. Na mesma data em que recebeu o resultado, começou a ter coceiras no braço esquerdo e dias mais tarde percebeu pequenas bolhas no peito, nas pernas, no rosto e nos glúteos.

Nos dias seguintes, as lesões na aumentaram e, em 5/7,  o paciente procurou a emergência do hospital universitário de Catania. Lá, ele recebeu o resultado positivo para a varíola dos macacos (monkeypox). Na mesma ocasião, ao realizar outros exames para identificar a possibilidade de infecções sexualmente transmissíveis (STIs), o homem descobriu que também era portador do vírus HIV.

A equipe do hospital notou que o número de linfócitos (células de defesa) do paciente ainda se mantinha em nível adequado, pois isso a suposição é de que a infecção pelo HIV tenha sido relativamente recente. Eles também revelaram que o paciente havia feito um exame para o vírus em setembro de 2021 e o resultado havia sido negativo.

7 imagens
A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
1 de 7

Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

Getty Images
2 de 7

A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

Lucas Ninno/ Getty Images
3 de 7

Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

Roos Koole/ Getty Images
4 de 7

Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

seng chye teo/ Getty Images
5 de 7

Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

Wong Yu Liang / EyeEm/ Getty Images
6 de 7

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

Melina Mara/The Washington Post via Getty Images
7 de 7

Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

Natalia Gdovskaia/ Getty Images

Caso inédito

O paciente recebeu alta médica em 11/7 e  foi instruído a terminar o período de isolamento em casa.

Os profissionais de saúde alertaram que os sintomas de varíola dos macacos e de Covid-19 podem se sobrepor, e por isso é importante que os hábitos sexuais sejam levados em conta durante a anamnese para a realização do diagnóstico correto. A equipe também acrescentou que este é o único caso registrado de contaminação tripla de Covid, HIV e varíola dos macacos.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?