Homem sobrevive a coágulo pós-vacina e pede que todos tomem imunizante
Mohammed Choudhury, 34, foi hospitalizado com dores nas pernas, falta de ar e dor de cabeça duas semanas depois de ter recebido a injeção
atualizado
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Duas semanas após tomar a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca, o britânico Mohammed Choudhury, 34, sentiu dor nas pernas depois de correr 5 km. Ele achou que tinha distendido um músculo, porém, começou a sentir dor no peito, falta de ar e dor de cabeça nos dias seguintes.
Mohammed procurou o serviço médico e foi internado depois de alguns testes. Ele foi diagnosticado com trombose venosa profunda (TVP), com coágulos que surgiram na perna e se espalharam para os pulmões e, possivelmente, para o cérebro.
“No espaço de 24h, passei da situação de esperar remédios para dor muscular para a de ser internado na área de tratamento crítico sozinho, sem poder receber visitas. Eu tinha muito medo do desconhecido em um primeiro momento, e ficamos alguns dias esperando os resultados dos exames no cérebro para determinar os riscos para a minha saúde”, contou o homem, em entrevista ao Daily Mail.
Choudhury afirmou que não tem histórico de coágulos sanguíneos, é saudável, e não sabia o quão perigosa pode ser essa condição. Mohammed foi medicado com remédios para afinar o sangue e antibióticos. O objetivo dos médicos era recuperar a contagem de plaquetas no sangue enquanto diminuíam o risco de formar novos coágulos.
Alguns dias depois, o corpo do britânico estava livre dos coágulos, e ele recebeu alta. Agora, segue tomando anticoagulantes e sente dor nas pernas e fadiga. Os médicos sugeriram que ele não tome a segunda dose da vacina.
Apesar do trauma, Mohammed pede que a população não deixe de se vacinar. “As chances de pegar Covid-19 são muito, muito maiores do que a de ter uma reação como a que eu tive, e a Covid traz um risco para outras pessoas ao seu redor, principalmente, para parentes idosos. Eu aconselho, sem dúvidas, que todos tomem a vacina”, afirmou.
Ele sugere, assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que as pessoas fiquem de olho nos sintomas da formação de coágulos sanguíneos. “Tive sorte que o quadro foi identificado rapidamente, e espero que qualquer pessoa na mesma situação procure atendimento médico o mais rápido possível”, diz.