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Homem bebe suco caseiro contaminado e morre infectado pelo vírus Nipah

Paciente de Bangladesh foi o primeiro a morrer pelo Nipah em 2024. Taxa de letalidade do vírus é de até 75% e ele é observado pela OMS

atualizado

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Desenho colorido de vírus com tons laranjas e azuis emitindo ondas em um fundo que representa cérebro de pessoa - Metrópoles
1 de 1 Desenho colorido de vírus com tons laranjas e azuis emitindo ondas em um fundo que representa cérebro de pessoa - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um homem de 35 anos morreu nesse sábado (27/1) em decorrência de uma infecção causada pelo vírus Nipah em Bangladesh — o comerciante é a primeira pessoa a morrer pela doença em 2024. O Nipah é um dos vírus observados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por ter potencial pandêmico.

O paciente foi infectado após tomar um suco caseiro de tâmaras. Outro homem de um povoado próximo também morreu após consumir a mesma bebida, e os médicos investigam se ele foi contaminado pelo vírus.

Os médicos acreditam que morcegos infectados — os principais agentes transmissores do vírus — comeram parte das frutas que foram usadas para fazer o suco. A transmissão se dá pelo contato ou ingestão de fluidos corporais de animais contaminados.

Em entrevista à mídia local, a oficial de saúde e planejamento familiar da região Rubia Parveen afirmou que a vítima foi atendida e tratada pelo serviço de saúde, mas não resistiu. Ela alerta sobre a importância de evitar a ingestão de sucos caseiros e de frutas não-higienizadas para evitar surtos.

Ilustração do Vírus nipah que vausou lockdown na índia
Conhecido por sua letalidade, o vírus Nipah atinge especialmente o cérebro e o pulmão

O vírus Nipah

O vírus Nipah foi identificado pela primeira vez em humanos em 1999, na Malásia. Desde então, a doença causada pelo patógeno teve surtos periódicos em outros países do sul e sudeste asiático.

Ao todo, 160 pessoas já morreram infectadas pelo Nipah em Bangladesh nos últimos 25 anos. Apenas em 2023, foram registrados 10 óbitos e 14 infecções, o maior número desde 2016.

A doença é conhecida por sua alta taxa de letalidade. Dependendo das condições de atendimento, de 50 a 75% dos pacientes morre. O vírus causa febre, dor de cabeça e dificuldade para respirar, além de atingir o cérebro, expandindo o órgão e gerando hemorragias.

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