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Homem morre após ser mordido por morcego enquanto dormia

Morador dos EUA acordou ao sentir morcego mordendo sua mão. Cinco meses depois, ele morreu em consequência de raiva

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dois morcegos dormem pendurados em uma árvore - Metrópoles
1 de 1 dois morcegos dormem pendurados em uma árvore - Metrópoles - Foto: Reprodução/Pixabay

O caso parece saído de contos de terror. Um americano de 84 anos acordou com um morcego mordendo sua mão. Cinco meses depois, ele morreu vítima do vírus da raiva, que foi transmitido pelo morcego.

O incidente ocorreu em 2020, mas só veio a público na última semana com a publicação do caso em uma revista médica da Universidade de Oxford, da Inglaterra. O idoso vivia com a esposa em uma cabana de madeira que era constantemente invadida por esquilos e morcegos, mas aquela foi a primeira vez que eles foram atacados por um animal.

Na noite em que foi mordido, o idoso acordou com o animal mordendo sua mão, mas não conseguiu espantá-lo. Como não havia ferimento visível, ele apenas lavou as mãos com sabão e voltou a dormir. No dia seguinte, buscou atendimento médico e recebeu três doses de soro contra a raiva.

Além disso, tanto ele como a esposa tomaram três doses de vacina antirrábica em um tratamento que durou um mês. Cinco meses depois do fim do tratamento, o homem voltou a procurar o atendimento médico alegando fortes dores de cabeça e olhos lacrimejando em excesso.

Caso inédito

Duas semanas depois do retorno ao hospital, ele morreu. Antes disso o homem sofreu acessos de vômito, febre de quase 40º, formigamento nos membros e dificuldade para respirar.

Apesar dos sintomas, a raiva humana foi descartada inicialmente, já que o paciente havia seguido as determinações médicas. Além disso, seu quadro teve uma evolução lenta para um caso de raiva, doença que costuma matar em menos de sete dias.

“Um teste de saliva detectou a presença do vírus da raiva no paciente só depois de sua morte”, apontou o relatório publicado pela equipe médica na Revista de Doenças Infecciosas de Oxford (em inglês). Este é o primeiro caso conhecido de uma pessoa que segue as determinações médicas de tratamento contra a raiva, mas que ainda assim acaba sendo vítima da doença.

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Os animais que transmitem o vírus para os humanos são, principalmente, cães e gatos, mas todos os animais de sangue quente, desde que estejam infectados, podem ser transmissores. Morcegos que consomem sangue, raposas, guaxinins, macacos, bois, galinhas e porcos, por exemplo, também podem passar a doença
Quando não tratada, a raiva humana pode levar à morte dentro de 7 dias, aproximadamente. Por isso, após a exposição ao vírus ou a partir do início dos sintomas é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível
A forma mais comum de transmissão da raiva é através da mordida de um animal, pois é preciso que a saliva infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com a membrana dos olhos, nariz ou boca do outro indivíduo. Sendo mais raro, portanto, que aconteça por meio de arranhões
Após o vírus adentrar o organismo, os sintomas da raiva em humanos começam a surgir em aproximadamente 45 dias. A manifestação da doença é semelhante a de uma gripe, tais como: dor na cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre. Além disso, no local da mordida também pode surgir algum desconforto, como sensação de formigamento ou de picada
Conforme a progressão da doença, novos sintomas se manifestam, e, geralmente, relacionados com a função cerebral, tais como: confusão mental, ansiedade, comportamento anormal, agitação, alucinações e insônia. Quando surgem esses sintomas, o desfecho costuma ser fatal
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A raiva é uma doença viral extremamente infecciosa. Ela acomete mamíferos e pode ser transmitida de animais para humanos, momento em que passa a ser chamada de raiva humana. A enfermidade, causada pelo vírus rábico, é caracterizada como uma encefalite progressiva e pode levar à morte

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Os animais que transmitem o vírus para os humanos são, principalmente, cães e gatos, mas todos os animais de sangue quente, desde que estejam infectados, podem ser transmissores. Morcegos que consomem sangue, raposas, guaxinins, macacos, bois, galinhas e porcos, por exemplo, também podem passar a doença

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Quando não tratada, a raiva humana pode levar à morte dentro de 7 dias, aproximadamente. Por isso, após a exposição ao vírus ou a partir do início dos sintomas é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível

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A forma mais comum de transmissão da raiva é através da mordida de um animal, pois é preciso que a saliva infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com a membrana dos olhos, nariz ou boca do outro indivíduo. Sendo mais raro, portanto, que aconteça por meio de arranhões

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Após o vírus adentrar o organismo, os sintomas da raiva em humanos começam a surgir em aproximadamente 45 dias. A manifestação da doença é semelhante a de uma gripe, tais como: dor na cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre. Além disso, no local da mordida também pode surgir algum desconforto, como sensação de formigamento ou de picada

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Conforme a progressão da doença, novos sintomas se manifestam, e, geralmente, relacionados com a função cerebral, tais como: confusão mental, ansiedade, comportamento anormal, agitação, alucinações e insônia. Quando surgem esses sintomas, o desfecho costuma ser fatal

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A raiva humana tem vacina, que deve ser aplicada em duas doses, com sete dias de intervalo. Por isso a importância de procurar socorro médico com urgência para que ela possa ser eficaz. Caso a doença esteja em quadro avançado, as chances de êxito diminuem

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Em animais, o principal meio de evitar a raiva é através da vacinação. O imunizante faz parte do calendário obrigatório para cães e gatos no Brasil

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Para os médicos responsáveis pelo estudo, a idade avançada do homem e suas comorbidades podem ter impedido ele de alcançar a defesa fornecida pela vacina. O relatório médico também levanta a hipótese de que o soro antirrábico aplicado poderia estar estragado em consequência de um armazenamento errado.

“Nossas descobertas não ameaçam o conhecimento que temos sobre a eficácia dos protocolos internacionais de atendimento a pessoas sob risco de exposição à raiva”, conclui o relatório.

Casos no Brasil

Entre 2010 e 2022, 45 pessoas foram infectadas com raiva humana no Brasil. Entre as vítimas, apenas duas conseguiram se curar após o diagnóstico e 43 delas morreram em decorrência da doença.

Em casos em que a vítima faz a correta imunização antes de os sintomas apareceram, as chances de cura são altas.

A raiva é uma doença viral que atinge o sistema nervoso de forma progressiva e pode ter os primeiros sintomas manifestados anos depois da contaminação, mas, em regra, eles aparecem entre 5 e 45 dias depois da exposição.

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